Prédio Santa Efigênia

Governo e ocupantes de casarão se reúnem, mas não chegam a acordo

Para reforma do prédio, integrantes do movimento precisam desocupar o local, mas afirmam que só saem se puderem continuar as atividades culturais em um outro espaço público; governo sede apenas parte de uma quadra

Por Fernanda Viegas/Lucas Simões
Publicado em 04 de dezembro de 2013 | 19:11
 
 

Um primeiro acordo entre o governo do Estado e os integrantes do Espaço Comum Luiz Estrela pode ser fechado nesta quinta-feira (5). Na tarde desta quarta-feira (4), representantes das duas partes, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Fundação Lucas Machado (Feluma), que possui a cessão de uso do prédio ocupado, fizeram uma nova reunião para discutir melhorias para o casarão abandonado da rua Manaus, no bairro Santa Efigênia, na região Centro-Sul da capital, mas como não chegaram em um consenso, farão um novo encontro.

Todos concordam que o prédio precisa de reforma emergencial e agora ficou acertado que o prazo máximo para o início da obra são 30 dias, como recomenda o MPMG. Porém, será necessário a desocupação para que o trabalho possa ser feito. A sugestão dos integrantes do movimento, é que eles ocupem um novo prédio na mesma rua. O governo até concorda que eles desenvolvam as suas atividades culturais em um novo espaço público e permite que eles fiquem no pátio da Escola Estadual Yolanda Martins Silva, vizinho ao casarão, mas o grupo deve ocupar apenas uma parte deste local.

“A quadra está com quase dois metros de entulho - o local está em obra e futuramente será utilizado pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) - e este é o nosso grande empecilho para o casarão ser desocupado. Mas se parte atender ao movimento, temos um acordo”, afirmou o assessor de articulação e parceria social do governo de Minas Gerais, Ronaldo Pedron.

Esta discussão, contudo, ficará para esta quinta-feira (5), já que os integrantes do movimento, que orçam a reforma emergencial (se for feita por eles) em R$ 40 mil (que deverão ser obtidos por meio de doação), têm dúvidas se o espaço será suficiente para a realização dos projetos culturais. “A gente precisa realmente desocupar, mas só vamos sair se parte da quadra atender às nossas atividades”, garantiu a representate do Espaço Comum Luiz Estrela, Paula Kino.

A Feluma não se manifestou.