O Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro/MG) denuncia que as escolas particulares de Belo Horizonte estão coagindo os professores em relação à paralisação da categoria marcada para essa terça-feira (24)

De acordo com a entidade, os colégios têm exigido que os docentes apresentem um documento assinado dizendo se participarão ou não do movimento. Algumas instituições estariam exigindo a entrega de cartas de próprio punho “a fim de resguardar os professores de receberem falta”.  

“Esse é o nível de coação que estão sendo sujeitos os professores, além de muitos outros tipos de assédio moral, objetivando impedir a adesão à paralisação. Ou seja, várias escolas no desespero de tentar conter o movimento paredista vêm agindo de forma arbitrária e ilegal, efetuando a exigência de entrega de tais ‘cartas’”, diz documento enviado pelo Sinpro/MG.

Ainda segundo a entidade, muitas escolas têm dito que haverá aulas, mesmo sem professores. “Não pode haver aulas sem professores, por mais óbvio que pareça, principalmente durante a paralisação da categoria”, destaca o Sinpro/MG.

A reportagem entrou em contato e pediu um posicionamento do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinepe/MG), mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.

Entenda

Está marcada para essa terça-feira (24), uma assembleia dos professores de escolas particulares de Belo Horizonte. 

A reivindicação principal da categoria, de acordo com um diretor do Sinpro-MG, que pediu anonimato, é garantir os direitos dos profissionais da educação privada. Uma das solicitações é um reajuste salarial de 20%, tendo em vista a inflação e a valorização dos profissionais. As escolas teriam oferecido 5%. 

A assembleia acontecerá a partir das 10h no Espaço José Aparecido de Oliveira da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).