TUMULTO NO CENTRO DE BH

Guardas municipais e agentes da saúde fecham a avenida Afonso Pena

Profissionais reivindicam o direito do porte de arma de fogo e não descartam greve por tempo indeterminado; agentes pedem equiparação salarial

Por CAROLINA CAETANO
Publicado em 16 de janeiro de 2015 | 08:43
 
 
Guardas municipais e agentes de saúde fazem manifestação no centro de BH Sindibel/Divulgação

Cerca de mil pessoas, entre guardas municipais e agentes de saúde, protestaram e fecharam a avenida Afonso Pena, no centro de Belo Horizonte, na manhã desta sexta-feira (16). Após uma confusão com policiais militares, os guardas iniciaram uma paralisação de 24 horas e podem entrar em greve por tempo indeterminado.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Prefeitura de BH (Sindibel), Israel Arimar, a categoria reivindica o direito do porte de arma de fogo, além de pedir melhores condições de trabalho, uma vez que, segundo os guardas, faltam rádios comunicadores, coletes e até viaturas.

Além disso, eles pedem que o comando da corporação seja passado para guardas de carreiras, e não militares. Depois de uma reunião em frente à sede da corporação, a previsão é que eles caminhem pelas ruas do centro e se concentrem na porta da Prefeitura de Belo Horizonte. O grupo pede um encontro com as secretarias de segurança do município e do Estado.

Na tarde dessa quinta-feira (15), uma briga entre guardas municipais e policiais militares tumultuou o centro da capital mineira. Uma guarda de 28 anos ficou ferida após levar um tiro de bala de borracha.

A confusão aconteceu depois que guardas abordaram um sargento reformado que faria transporte clandestino próximo ao terminal rodoviário.

Por causa da agressão, guardas municipais chegaram a fazer uma manifestação e fecharam a praça Sete. No fim da noite, eles deslocaram para a Central de Flagrantes I (Ceflan), onde a ocorrência era registrada.

Já os agentes da saúde, que entraram em seu 12º dia de greve, querem equiparação salarial e pagamento retroativo ao mês em que a lei foi sancionada pelo Governo Federal. A lei estabelece também diretrizes para a elaboração de um plano de carreira, antiga reivindicação da categoria, ainda não atendida pela prefeitura. Clique aqui e saiba mais informações.

Por causa dos protestos, o tráfego ficou lento nos dois sentidos da via. Acesse aqui e confira a situação do trânsito.

 

 

Atualizada às 11h34