Na porta de boate

Justiça condena dois acusados de espancar e matar estudante em Contagem

Um terceiro acusado foi absolvido; crime aconteceu em 2016, na saída de uma casa noturna

Por Rafaela Mansur
Publicado em 14 de setembro de 2019 | 14:07
 
 
Réus são acusados de espancar jovem até a morte Foto: Fred Magno/O TEMPO

O Tribunal do Júri de Contagem condenou dois dos três homens acusados de matar o estudante Cristiano Guimarães Nascimento, 22, na porta de uma boate na cidade, na região metropolitana de Belo Horizonte, em 2016. O julgamento terminou na madrugada deste sábado (14).

O policial militar Jonas Moreira Martins, 31, que já estava preso, foi condenado a 12 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, por homicídio qualificado cometido por motivo fútil. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), ele foi o principal agressor do estudante.

No caso do policial Jonathas Elvis do Carmo, 31, o crime de homicídio doloso foi desclassificado para lesão corporal seguida de morte. Ele foi condenado a cinco anos de prisão em regime semiaberto, mas, como já estava preso havia três anos e cinco meses, a Justiça permitiu que ele cumpra o restante da pena em regime aberto.

Já o corretor de seguros Célio Gomes da Silva, 35, foragido desde 2016, foi absolvido. Os jurados consideraram que não há provas de que ele participou das agressões, e o mandado de prisão aberto contra ele será recolhido.

Segundo o MPMG, após um desentendimento ocorrido na boate, o trio agiu em conjunto para agredir a vítima com socos, chutes e golpes. No entanto, os jurados concluíram que somente Jonas teve intenção de matar ou, pelo menos, assumiu o risco.