O Ministério da Agricultura, Pecurária e Abastacimento (Mapa) informou nesta quarta-feira (15) que a água utilizada na produção de cervejas da Cervejaria Backer, em Belo Horizonte, está contaminada por dietilenoglicol. Segundo o coordenador-geral de Vinhos e Bebidas, Carlos Müller, a pasta trabalha com três hipóteses para isso ter acontencido: sabotagem, vazamento e uso inadequado das moléculas de monoetilenoglicol no processo de refrigeração do sistema.

A fiscalização encontrou um uso elevado do produto, que é utilizado no sistema de refrigeração. De acordo com o Mapa, 15 toneladas do produto foram compradas pela cervejaria desde 2018. Como a refrigeração é um sistema fechado, não haveria justificativa para essa aquisição em grande escala.

"É importante ressaltar que não existem limites aceitáveis para a presença das substâncias em alimentos. "Temos que ir atrás de como ocorreu esta contaminação", disse Carlos Müller.

Resposta

A Backer reafirmou que nunca comprou e nem utilizou o dietilenoglicol em seus processos de fabricação. Ela ainda disse que a substância empregada pela cervejaria é o monoetilenoglicol, cujas notas fiscais de aquisição já foram compartilhadas com a Polícia Civil e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). 

"Nos últimos dois anos, a Backer precisou aumentar a compra de monoetilenoglicol para atender a demanda de ampliação constante da sua planta produtiva. No período, foram adquiridos 29 novos tanques de fermentação. A Backer aguarda os resultados das apurações e continua à disposição das autoridades", diz a nota.