O metrô de Belo Horizonte não deve funcionar nesta sexta-feira (14). Servidores da categoria decidiram pela paralisação das atividades em adesão a um movimento nacional previsto para acontecer no mesmo dia.
A decisão permanece até o momento, apesar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) ter concedido, nesta quarta-feira (12), uma liminar determinando funcionamento em escala mínima. O Sindicato dos Metroviários (Sindimetro MG) comunicou que sua diretoria ainda não foi oficialmente notificada e que, apesar da multa de R$ 200 mil em caso de descumprimento, a categoria manterá os braços cruzados.
A decisão do tribunal foi concedida a partir de um pedido da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) de Belo Horizonte, feito ainda na segunda-feira (10). Assim, o desembargador Márcio Flávio Salem Vidigal determinou que o metrô funcione normalmente no horário das 5h30 às 10h e das 16h às 20h.
Ele estabeleceu ainda o funcionamento integral, durante 4h30, das áreas de manutenção das estações e a presença de pelo menos um trabalhador na sala de comando e nas torres de controle em algumas estações, mesmo fora do horário da escala mínima.
Segundo a decisão, os profissionais responsáveis pela segurança das estações devem trabalhar em período integral. A BHTrans, a Setop e a Transcon foram notificadas para aumentar o número de ônibus em circulação durante o horário em que não haverá trens. O tribunal também informou que a Polícia Militar foi acionada para tomar as providências que julgar necessárias.
Em sua página online, o Sindicato dos Metroviários explica que os servidores optaram por aderir à greve em protesto contra a aprovação da reforma da previdência.
Braços cruzados
Professores da rede municipal também aderiram à greve nacional prevista para acontecer na sexta-feira (14). A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH).
Ainda no último 15 de maio, os trabalhadores da educação definiram paralisar suas atividades por três dias - nesta quarta-feira (12), nesta quinta-feira (13) e na sexta-feira (14).
Segundo a organização, manifestantes pretendem protestar contra a reforma da previdência e os cortes nas universidades federais, no ensino básico e na educação municipal.
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