A projeção mais recente de pico da pandemia de coronavírus em Minas Gerais prevê que, entre 3 e 4 de maio, 5.900 pessoas estejam internadas com Covid-19 no Estado. Desse montante, entre 1.500 e 2.000 demandariam leitos de terapia intensiva, conforme explicou o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral. No entanto, com apenas 892 leitos livres disponíveis, segundo dados colhidos nessa segunda-feira (13), metade dos pacientes ficaria desassistida.
As análises que apontam o pico da epidemia no Estado são feitas semanalmente. Uma nova conversa com especialistas está agendada para esta quarta-feira (15) para avaliar as novas expectativas. Foi a primeira projeção, que apontava 14 mil internações em 6 de abril, que levou o governo de Minas a decretar o fechamento de comércios em todo o Estado. A medida surtiu efeito, e, nas duas últimas projeções, os números têm se mostrado mais animadores.
O secretário, no entanto, reitera que essas estimativas são feitas com base no cenário atual e podem sofrer alterações conforme o que for apresentado. O número de leitos disponíveis, no entanto, não deve ser usado como base pela secretaria para afrouxar o isolamento.
“Temos que manter o isolamento para que a perspectiva de casos seja cada vez menor, mas não podemos pensar em flexibilização somente por essa ótica, porque, se flexibilizarmos no momento em que se chega à projeção ideal, podemos acabar com o progresso, e o número pode aumentar de novo”, explica.
Sem filas para testes
A rede que examina amostras para detectar a presença do Sars-Cov-2 (novo coronavirus) conseguiu zerar a fila de exames que aguardavam resposta. A conquista foi alcançada no fim de semana, conforme contou Dario Brock Ramalho, subsecretário de Vigilância em Saúde.
A capacidade dos laboratórios da Fundação Ezequiel Dias (Funed), da UFMG e da Hemominas já chega a mil exames diários e ultrapassa a demanda no Estado. Mesmo assim, segundo o secretário Amaral, a orientação para testes vai continuar a mesma, somente para casos graves.