Cerca de 50 moradores dos prédios vizinhos ao trecho da avenida Pedro I onde o viaduto Batalha dos Guararapes desabou, há pouco menos de um mês, fecharam a avenida sob o viaduto João Samaha na manhã deste sábado (26). O grupo pede mais transparência e informações sobre o andamento das obras de demolição do viaduto e, também, sobre a remoção das famílias que vivem na região. A manifestação durou cerca de 1 hora.

"Grande inauguração do viaduto Guararapes, conheça antes que caia", diz uma das faixas carregadas pelos manifestantes, que chegaram ao local pouco antes das 10h. 

Comunicado e comissão

A Defesa Civil informou que os moradores dos condomínios Antares e Savana receberam um comunicado logo que a Cowan divulgou o laudo que apontava risco de desabamento da alça do viaduto. O documento traz indicações de que as famílias serão levadas para hotéis próximos aos condomínios e também os critérios operacionais para a remoção. O informe disponibiliza também um telefone de plantão permanente para atender moradores que tiverem dúvidas sobre o processo.

Além disso, de acordo com o órgão, há também uma comissão de moradores que foi formada logo depois que da tragédia e que tem a função de transmitir informações às famílias. A Defesa Civil reafirmou que está usando todos os protocolos e doutrinas de proteção civil estabelecidas pela da ONU.

Remoção

A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil decidiu retirar 186 famílias dos residenciais Savana e Antares depois que a Cowan, empresa responsável pela construção do viaduto Batalha dos Guararapes, divulgou a informação de que a segunda alça da estrutura também corre risco de cair. 

Após fazer o cadastramento das famílias, a Defesa Civil informou que a logística de remoção e acomodação dos moradores está sendo finalizada e data será anunciada em breve.

Com medo, algumas famílias decidiram deixar o local por conta própria. 

Risco

O documento apresentado pela Cowan nessa terça-feira (22) concluiu que houve erro de cálculo no projeto executivo, o que dimensionou menos aço do que o necessário no bloco que fica abaixo de um dos pilares do viaduto. A análise da Polícia Civil, no entanto, apontou que não faltou aço na estrutura.

A construtora aceitou arcar com as despesas de hospedagem provisória das famílias dos prédios vizinhos ao elevado e com os custos de contratação de projeto e obras da demolição da alça que restou.

Atualizada às 12h21