O motorista de aplicativo de 57 anos, envolvido em um acidente no Anel Rodoviário que terminou com duas irmãs mortas na segunda-feira (14), foi autuado em flagrante pelo crime, detido e encaminhado para o Ceresp. Agora, o suspeito espera por uma audiência de custódia, para que a Justiça defina se ele aguardará julgamento em liberdade ou se permanecerá preso.
Internado em estado grave no Hospital de Pronto Socorro (HPS) João XXIII, o homem recebeu alta no final da tarde dessa terça-feira (15). E só então foi até a delegacia de plantão do Departamento de Trânsito (Detran-MG).
Apesar de ter conversado com o delegado, ele voltou a apresentar confusão mental, e por isso não conseguiu prestar depoimento. O motorista recebeu uma notificação por homicídio culposo – quando não há intenção de matar – na direção de um veículo automotor. A pena para esse tipo de crime, previsto no artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), é detenção de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição da permissão para dirigir.
Segundo a Polícia Civil, essa pena ainda poderá ser aumentada, uma vez que há o agravante de o acidente ter acontecido durante o período de trabalho do suspeito. Assim, as investigações do caso continuam com a Divisão Especializada em Prevenção e Investigação a Crimes de Trânsito.
O acidente
As irmãs Liliane Soares dos Santos, de 36 anos, e Viviane Soares, de 42, seguiam no carro do motorista de 57 anos para buscar o pai no hospital. Segundo o tenente André Muniz, da Polícia Militar Rodoviária, o condutor avançou uma placa de "Pare" e foi atingido por um ônibus suplementar da linha 80 (Jardim Vitória/Estação Vila Oeste).
Viviane morreu no local, e Liliane a caminho do hospital. O motorista do veículo, preso nessa terça-feira (15), apresentou sangramento nos ouvidos e confusão. Seu estado era grave quando recebeu socorro. De acordo com o tenente, que atendeu à ocorrência, todos os documentos do carro e do ônibus estavam em dia.
(Com informações de Carolina Caetano e Natália Oliveira)