Em frente a prefeitura

Motoristas de ônibus suplementares de BH protestam por maior repasse de subsídio

A categoria reclama que dos R$ 207 milhões que serão repassados às empresas de ônibus, somente 4% vai para a categoria

Qui, 12/05/22 - 13h52
Protesto toma conta das ruas da capital. | Foto: Jaesilaine Medina Rodrigues

Os motoristas de ônibus suplementares fazem um protesto pelas ruas de Belo horizonte, nesta quinta-feira (12), pedindo um maior repasse do subsídio oferecido pela prefeitura da cidade e pela Câmara Municipal dos Vereadores para a categoria. 

"São mais de R$ 200 milhões de subsídio e querem passar menos que 4% para os suplementares e o resto vai todo para os empresários", reclama Alexandre Daniel de Oliveira, representante da Associação dos Permissionários do Transporte Coletivo Suplementar.

Ele explica que o valor é baixo já que os motoristas dos ônibus são pessoas físicas que precisam lidar com os gastos dos coletivos. "Nós levamos cerca de 100 mil passageiros por semana. Queremos que a prefeitura e os vereadores atendam nossa reivindicação", diz.

Segundo ele, 100 motoristas participam do protesto. "O sistema tem 300 veículos então importante relembrar que não paramos as operações, elas estão ocorrendo normalmente", explicou. Os manifestantes pretendem ficar na porta da prefeitura até serem atendidos. 

Entenda a proposta do subsídio 

A Câmara Municipal de Belo Horizonte fechou, na última terça-feira (10), 16 propostas para tentar solucionar os problemas do impasse do transporte público da capital com novo aumento de 8,9% no preço do óleo diesel. Dentre as propostas, a Câmara ofereceu um subsídio de R$ 44 milhões para as empresas de ônibus. A prefeitura já tinha oferecido um subsídio de R$ 163 milhões.

Veja as propostas encaminhadas ao Setra para solucionar a crise dos ônibus de BH

As propostas foram fechadas durante uma reunião do Grupo de Trabalho de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte (GT-MOBBH) nesta manhã. Os pontos foram aprovados pelos vereadores que compõem o grupo e pela prefeitura e agora serão encaminhadas às empresas de ônibus. 

No dia seguinte houve uma reunião com os empresários de ônibus para discutir as propostas que terminou sem acordo. 

O impasse está ligado ao prazo estipulado pela prefeitura. A proposta original previa que o pagamento ocorresse de abril de 2022 a maio de 2023. No entanto, os empresários querem que o valor seja pago integralmente até dezembro deste ano, quando um novo valor de tarifa, que atualmente está em R$ 4,50, será discutido.

A ideia não foi aceita pelos representantes da Câmara Municipal e da prefeitura, que a princípio concordaram com a abreviação do prazo do subsídio até março de 2023. A expectativa é que até lá o contrato de concessão do serviço seja repactuado e o valor da tarifa sofra alterações.

Nesta quinta-feira ocorre uma reunião entre a prefeitura, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) e vereadores para discutir os 16 itens que foram propostos para melhorias do transporte público em Belo horizonte na última reunião. 

 

 

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.