Aumento

Ocupação de UTI chega a 72% e governo promete mais leitos em Minas Gerais

Hospitais Eduardo de Menezes e Júlia Kubitschek, em BH, vão receber mais leitos neste mês

Por Da Redação
Publicado em 09 de junho de 2020 | 14:08
 
 
Ao todo, Minas Gerais tem 2.855 leitos de UTI Foto: Agência Brasil

Houve aumento da ocupação dos leitos de UTI em Minas Gerais nesta semana — de 70%, no sábado, (6), ela chegou a 72%, conforme detalhou o secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (9). Desses, 11,86% estão ocupados por casos suspeitos ou confirmados de Covid-19. Já os leitos de enfermaria registram 70% de ocupação e 7,68% deles abriga pacientes com suspeita ou confirmação da doença.

Em algumas regiões do Estado, a ocupação é maior, afirmou Amaral. No Vale do Aço, que tem sido motivo de atenção da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), cidades como Ipatinga chegam ao limite dos leitos. “Ipatinga tem volume maior de casos, mas ainda temos leitos em Caratinga e em Coronel Fabriciano, relativamente próximos a Ipatinga, que dão suporte àquela região”, detalhou o secretário.

Ele também disse que ainda não é o momento de ocupar os leitos do hospital de campanha montado no Expominas, em Belo Horizonte. “O hospital de campanha deve estar preparado para ser aberto. Mas não devemos ter objetivo de abri-lo, porque ele seria de retaguarda, caso tivéssemos descontrole da epidemia. Se começarmos a notar que há tendência de ocupação de leitos e maior estresse assistencial, a conduta correta não é começar a abrir leitos, mas ter isolamento adequado para conter a progressão da epidemia”, detalhou o secretário. Na última semana, o governo do Estado anunciou que procura parceria de organizações sociais na gestão da unidade. 

Amaral citou que os hospitais Eduardo de Menezes e Júlia Kubitschek, na capital, vão receber mais leitos neste mês. O primeiro tem, atualmente, 36 leitos de UTI destinados a pacientes com Covid-19, enquanto o segundo possui 17. Agora, o Eduardo de Menezes vai contar com outros 16 leitos e o Júlia Kubitschek, com mais 33.

O secretário explicou que as cidades de Patos de Minas, Paracatu e Unaí, na macrorregião Noroeste do Estado, também vão receber mais leitos. “O Hospital Antônio Dias, em Patos de Minas, é um dos âncoras no plano de contingência para a macrorregião e seria o responsável por receber primeiro os casos de Covid-19, então é de esperar que tenha a capacidade plena ocupada”, disse Amaral.

Outra medida que pode ser adotada é que municípios limítrofes com outros Estados, como Extrema, no Sul de Minas, que está próximo a São Paulo, levantem barreiras sanitárias, de acordo com o secretário adjunto de Saúde, Marcelo Cabral. “O que cabe ao governo de Minas e à SES-MG é a emissão de nota técnica orientando sobre a adoção dessas barreiras. Já providenciamos essa nota, ela está disponível e fizemos contato com as forças de segurança que, dentro das previsões do Minas Consciente, adotemos a providência necessário de apoio às barreiras”, pontuou. Ele lembrou que a medida mais recomendada é reforçar o isolamento social em cidades onde haja aumento do número de infectados pelo coronavírus.