Após as fortes chuvas que atingiram a avenida Prudente de Moraes e a rua Joaquim Murtinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, arrastando carros em janeiro deste ano, a prefeitura planeja novas obras para reduzir os danos causados no local. Com o fim do período chuvoso 2023/2024,  – que abrange outubro a março - o Executivo Municipal aponta necessidades de intervenções em três pontos da cidade para reduzir as enchentes. Os trabalhos ainda estão na fase de captação dos recursos e só devem começar em 2025. A informação foi divulgada em coletiva na manhã desta terça-feira (11 de abril) 

Na Prudente de Morais, o objetivo é fazer um conjunto de reservatórios na região, com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). "Serão feitos 15 reservatórios, que vão reter essas chuvas que vão lá para baixo (na Prudente de Moraes). São projetos que estão em andamento. A gente tendo os recursos, que estão sendo solicitados pelo PAC", explica o superintendente da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Henrique Castilho.

Prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD) afirma, no entanto, que as obras só devem começar no ano que vem. "Essas obras nem devem começar em 2024. É preciso fazer um projeto complexo. Precisamos também captar recursos e, depois, licitar. Então essas obras só devem começar em 2025", afirma.

Vila do Índio e a Vila Biquinhas também terão obras 

A Vila do Índio e a Vila Biquinhas, na região de Venda Nova, também devem ser alvos de intervenções  para redução das enchentes. Cerca de R$ 370 milhões devem ser investidos para construir duas vias em torno dos córregos que passam pela região. Uma reunião com os moradores deve acontecer no próximo dia 11 de maio para discutir as intervenções.

"Estamos propondo a remoção das pessoas das margens. Elas vão para o bolsa-moradia. Nós vamos demolir as casas delas e construir parques lineares ao longo do curso da água. Recuperar a várzea de inundação para que a água, quando subir, tenha por onde escoar. Vai melhorar a qualidade da água também", explicou o diretor-presidente da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), Claudio Vinicius Leite.