O passar do tempo somado às condições da lama e climáticas têm-se apresentado como um fator dificultador nas buscas por vítimas da tragédia que assolou Brumadinho, quando a barragem I da mina do Córrego do Feijão se rompeu no último dia 25 (sexta-feira). Nesta sexta-feira (8), 15º dia de buscas, os bombeiros não conseguiram localizar nenhuma vítima do desastre.

Em balanço divulgado no início desta noite pela Defesa Civil, o número de vítimas resgatadas não mudou em relação a quinta (7): ao todo, até agora, 157 corpos foram retirados da lama. Em contrapartida, o número de desaparecidos caiu, passou de 182 para 165 desaparecidos.

O número de óbitos sem identificação são seis, conforme o jornal O TEMPO já tinha noticiado nesta manhã. Os corpos identificados somam 151 corpos.

Porta-voz do Corpo de Bombeiros, o tenente Pedro Aihara já tinha alertado para que, com o passar do tempo, o estado de decomposição dos corpos misturado à lama dificultaria o trabalho de operações dos militares.

"Daqui a algum tempo de operação - e isso vai demandar alguns meses -, com o estado avançado de decomposição dos corpos, eles se misturam à lama. A quantidade de rejeito envolvida, o tamanho da área afetada pela tragédia, o fato de os corpos estarem muito espalhados, tornam algumas recuperações realmente impossíveis pela questão biológica mesmo", falou na última segunda-feira (8).