Comércio

Presidente da CDL-BH sugere que shoppings centers sejam pontos de testagem

Para Marcelo Souza e Silva, outras formas de contenção da pandemia podem ser tentadas pelo poder público

Por Daniele Franco
Publicado em 12 de junho de 2020 | 17:21
 
 
Abertura de shoppings centers ainda não foi autorizada na capital Foto: Rodrigo Clemente

Em pronunciamento após a coletiva de imprensa que anunciou que não haverá novas reaberturas de comércios em BH na próxima semana, ocorrida nesta sexta-feira (12), o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marcelo Souza e Silva, sugeriu que a reabertura dos shoppings centers poderia ser vantajosa para a capital. "Poderiam ser pontos de testagem, estamos precisando disso aqui", defende.

Silva se mostrou satisfeito com a abertura da administração municipal ao diálogo. Segundo ele, o prefeito acatou a sugestão da CDL-BH de se reunir com representantes de setores como bares e restaurantes, o que o presidente da entidade considera essencial para traçar novos rumos. "A gente precisa ter essas tratativas inciadas para buscar modelos e até projetos pilotos, talvez abrir alguns bares e restaurantes para testar o que está acontecendo e ver se essa aplicação vai funcionar", sugere.

No entanto, Silva criticou a falta de ações mais concentradas no enfrentamento da pandemia. Nas palavras dele, "É muito simples ficar focado só em abrir e fechar comércio, a gente precisa ter um conjunto de ações que vão fortalecer para que a gente possa ter índices em patamares aceitáveis".

Prejuízo público

O secretário municipal de Fazenda, João Fleury, também se pronunciou na coletiva e enumerou as ações de apoio da prefeitura aos empreendedores prejudicados pela crise. Segundo ele, foi suspensa necessidade de pagamentos de tributos municipais por comerciantes que precisaram fechar as portas e o valor acumulado poderá ser pago em cinco parcelas, sem juros e correção.

"A PBH deixa de arrecadar R$ 174 bilhões, mas temos condições de continuar arcando com nossos compromissos até tudo voltar ao normal", detalhou Fleury, completando que o déficit nos cofres públicos municipais deve chegar a R$ 1 bilhão em 2020.