Em mensagem direcionada à população de Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil (PSD), garantiu que os ônibus vão circular normalmente e descartou o chamado "plano de guerra". Apesar disso, o presidente do SetraBH, Raul Leite, alertou que alguma empresa pode entrar em colapso e, consequentemente, deixar de prestar os serviços.
"O sistema só para em pé se tiver recurso. O Setra, junto com as concessionárias, tentam espremer ao máximo para continuar operando. No passado recente já tivemos três empresas parando. Vamos esforçar para que não pare, mas precisa de uma solução urgente. A qualquer momento uma ou outra empresa pode colapsar", alertou.
O encontro entre os representantes das empresas de ônibus e a PBH durou quase três horas e terminou sem acordo. As tarifas não terão reajuste nem mesmo redução nas viagens, neste momento. "Precisamos da prefeitura, Setra, concessionárias, Câmara Municipal e Ministério Público para achar solução para a população", disse Leite.
A ausência de reajuste na tarifa é um dos fatores, segundo o sindicato, para explicar as dificuldades enfrentadas pelas empresas. "O último aumento foi em 2018. Só para lembrar que neste período o salário mínimo aumentou, o custo de vida ficou estratosférico e o óleo diesel nem se fala".
Leite disse ainda que o problema no transporte não é apenas na capital mineira, mas em todo o país. "São Paulo também está com situação grave e pleiteando gratuidade, mas lá eles já fazem subsídio".