Mesmo com a decisão da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) de suspender temporariamente os novos projetos da companhia, em razão da baixa demanda internacional por aço, a Prefeitura de Congonhas espera concluir até o fim do ano o processo de alteração do Plano Diretor da cidade. A mudança na legislação de uso e ocupação do solo permitirá à Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), órgão do governo estadual, iniciar as obras de construção do novo distrito industrial do município, em uma área 40% maior que o perímetro urbano de Congonhas.

Nessa nova área, que pertence ao Estado, a prefeitura espera atrair investimentos da siderúrgica e de potenciais fornecedores. A CSN já atua no município com a exploração de minério de ferro na mina Casa de Pedra.

De acordo com o secretário municipal de Planejamento, Henrique Marine Furtado, a prefeitura iniciou na semana passada a discussão com a comunidade local sobre o novo plano diretor. As propostas dos grupos temáticos serão analisadas pelo Instituto de Desenvolvimento Municipal (IDM).

Em seguida, o prefeito Anderson Cabido encaminhará o projeto de lei à Câmara Municipal. Caso a revisão seja aprovada, estará criada a nova área de expansão urbana.

O projeto de expansão da CSN no município, orçado em cerca de R$ 13 bilhões, vai gerar um aumento de 20% nas receitas do município e pelo menos dobrar a arrecadação do imposto sobre a exploração mineral, a chamada Compensação Financeira por Exploração Mineral (CFEM), segundo relatório do IDM.

Estima-se que o projeto irá absorver 36.500 empregos durante as obras e 17.000 postos de trabalho a partir do início da operação do projeto, em 2014.

A ampliação das atividades da CSN inclui a construção uma pelotizadora e de uma usina para a fabricação de aços longos, a primeira do Estado. Por enquanto, eles estão suspensos. Os projetos em andamento, como a construção de uma fábrica de cimento e uma usina de aços longos, ambas em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, estão mantidos.

No futuro
100 mil
habitantes devem ter em Congonhas em 2023, quando projeto estará pronto

15 mil
pessoas a mais devem morar em Congonhas na fase de pico das obras

Expansão da CSN
Planta para produção de pelotas
- Geração de 1.440 empregos diretos e 4.200 empregos na obra
- Investimentos de R$ 2,5 bilhões
Planta de produção de aços planos e longos
- Geração de 5.000 empregos diretos e 20 mil durante as obras
- Vai implicar investimentos de R$ 6,2 bilhões
Planta de tratamento de minérios itabiríticos de alta sílica
- Geração de 3.000 empregos diretos e 4.000 durante a obra
- Investimentos de R$ 1,5 bilhão