Celebrado neste ano em 14 de maio, o Dia das Mães — data de ouro para o comércio — já se aproxima. Em Belo Horizonte, a data deve injetar R$ 2,19 bilhões na economia da capital, uma expectativa de crescimento tímido, de apenas 1,2% em comparação a 2022. Apesar disso, segundo os dados da pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), a previsão de receita é a maior desde 2015 (R$ 2,212 bilhões). O consumidor também deve desembolsar mais no presente, cerca de R$ 190, contra aproximadamente R$ 120 no último ano. 

O presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, lembra que o Dia das Mães é a segunda data comemorativa mais importante para o comércio, atrás apenas do Natal. “Neste ano, há a expectativa de superação de vendas, o que demonstra otimismo dos lojistas em relação ao cenário econômico. A prova é que 64% dos comerciantes acreditam que a data será melhor que a de 2022”, analisa.

Já cerca de 19,8% dos lojistas entrevistados acreditam que a movimentação em torno da data será igual a do ano passado e 16,2% são mais pessimistas e acham que será pior. 

Em relação aos gastos dos consumidores com presentes, 36% dos lojistas acreditam que irão aumentar em comparação a 2022. Para 30% o investimento deve ser igual ao do último ano e 34% acham que os clientes irão diminuir.  

Segundo o levantamento, o tíquete médio deve ficar em R$ 186,63, um crescimento de 59,5% em comparação ao último ano (R$ 117). 

Cada filho deve comprar apenas um presente para sua mãe e, entre os campeões da lista estão as roupas (31%) e os calçados (13,9%). 

Confira os nove produtos com maior saída para o Dia das Mães:

  • Roupas: 31%
  • Calçados: 13,9%
  • Flores: 12,2%
  • Acessórios: 8,3%
  • Produtos de beleza (cosméticos, maquiagens): 8,3%
  • Itens de cama, mesa e banho: 7,9%
  • Artigos de decoração: 7,3%
  • Produtos personalizados (canecas, garrafas): 5,9%
  • Bolsas e mochilas: 5,6%

 

Ações para incrementar as vendas

A pesquisa da CDL/BH apontou ainda que 48% dos lojistas vão investir em alguma ação publicitária para aumentar o faturamento. E para atrair os consumidores, 73,6% dizem que vão intensificar a divulgação dos produtos; 40,6% irão aumentar o mix de produtos; 32,3% pretendem decorar a loja; 25,4% devem flexibilizar e/ou facilitar o pagamento e 16,8% vão aperfeiçoar o atendimento.

Já cerca de 40,9% dos entrevistados vão aumentar o estoque, 43,9% irão manter o mesmo patamar e 15,3% pretendem diminuir. 

As mídias sociais serão, mais uma vez, as grandes aliadas dos lojistas para divulgar seus produtos. Entre as principais ferramentas utilizadas, estão Instagram (75,2%); WhatsApp (45,5%); decoração na vitrine (20,1%); site da empresa (17,5%); Facebook (16,5%); boca a boca (4%) e carro de som (0,3%). Os entrevistados que afirmaram que não irão fazer divulgação somam 10,9%. 

Preços elevados podem prejudicar as vendas

A pesquisa perguntou aos comerciantes quais fatores podem influenciar negativamente as vendas da data. Na perspectiva dos lojistas, os principais motivos podem ser: aumento do preço dos produtos (75,6%); desemprego (11,6%) e crescimento da inadimplência (5,3%). Para 2,3% dos entrevistados, nenhum fator poderá prejudicar as vendas.

Segundo a CDL, para driblar esses aspectos, os lojistas devem oferecer diversas formas de pagamento e descontos à vista. Segundo o levantamento, os lojistas acreditam que as principais formas de pagamento utilizadas pelos consumidores neste ano serão: parcelado no cartão de crédito (48,5%) – com uma média de quatro parcelas; à vista no cartão de crédito (35,3%); PIX (14,2%) e cartão de débito (2%). 

A pesquisa da CDL ouviu 303 comerciantes de Belo Horizonte entre os dias 31 de março e 12 de abril. O intervalo de confiança é de 95%, com erro amostral de 5,6%.