A inflação brasileira acelerou 0,91% entre 16 de maio e 15 de junho, informa balanço divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (20). O comparativo é com o período compreendido entre 16 de abril e 15 de maio. 

Conforme o levantamento, quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. O índice acumulado nos últimos 12 meses está em 10,58%.

A maior contribuição é da área da habitação: de -0,15% para 0,79% no comparativo entre os dois períodos. Outros setores com aumentos significativos foram vestuário (1,62% para 1,94%), comunicação (-0,31% para -0,23%) e educação, leitura e recreação (3,43% para 3,44%).

Dentro dessas classes, alguns itens tiveram aumentos consideráveis, como as roupas masculinas (2,12% para 2,93%), os serviços de streaming (0,46% para 1,09%) e a passagem aérea (15,40% para 15,90%).

A passagem aérea teve uma das maiores influências positivas na inflação. A tarifa subiu 15,9%. Situações parecidas aconteceram com a taxa de água e esgoto (3,21%), leite longa vida (5,31%) e condomínio residencial (1,38%).

Por outro lado, alguns produtos continuam em queda: tomate (-16,45%), cenoura (-34,15%), etanol (-4,87%), batata-inglesa (-7,14%) e banana-prata (-7,42) são exemplos.

Mas, vale lembrar que a pesquisa da FGV ainda não considera os impactos do novo reajuste do diesel anunciado pela Petrobras. Essa alta influencia em toda cadeia que depende dos fretes dos veículos de carga, o que pode também acelerar as cotações dos alimentos.