Impacto

Super Quarta: entenda a importância da reunião do Copom, que se inicia hoje

Banco Central do Brasil e FED, dos EUA, discutem a taxa de juros dos dois países nesta semana

Por O Tempo
Publicado em 03 de maio de 2022 | 07:46
 
 
Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta terça-feira Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O mercado financeiro prepara-se para a Super Quarta, quando o Banco Central brasileiro e o Federal Reserve (FED), banco central dos Estados Unidos, divulgarão as novas taxas de juros dos dois países. No Brasil, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) começa nesta terça-feira (3) e, até amanhã, o grupo discutirá os rumos da Selic, a taxa básica de juros.

A expectativa do mercado é que a meta seja elevada em um ponto percentual e chegue a 12,75%. O aumento da taxa Selic tende, em geral, a aumentar o fluxo de investimento estrangeiro no país, e sua alta é um dos fatores que derrubou o preço do dólar para abaixo de R$ 5 no último mês.

Ao mesmo tempo em que a tendência de escalada da Selic continua, porém, a previsão de alta de juros nos EUA tende a frear o movimento. Na segunda (2), o dólar fechou a R$ 5,07. O aumento do câmbio afeta, em geral, os preços em todos os setores, já que grande parte dos insumos utilizados na indústria, por exemplo, são precificados com a moeda norte-americana. 

Com a expectativa de alta dos juros em ambas as economias, analistas avaliam que dificilmente o dólar voltará a oscilar muito abaixo dos R$ 4,70 até o fim de 2022. Ao mesmo tempo, eles consideram que há pouco espaço para nova escalada ao patamar de R$ 5,70, como registrado no início do ano.

O cenário projetado neste momento é de uma taxa ao redor dos R$ 5, embora os analistas reconheçam que a imprevisibilidade das variáveis que influenciam o câmbio impeça mirar com precisão a cotação futura da moeda americana.

Com Folhapress.