Eleições 2022

Fiemg classifica acusações de Kalil como ‘infundadas e eleitoreiras’

A ambientalistas no último sábado (10), o candidato ao governo de Minas afirmou que, caso eleito for, irá “tirar a Secretaria de Meio Ambiente das mãos da entidade

Por Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2022 | 11:23
 
 
Quando ainda era prefeito, Kalil chegou a insinuar que a presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Nely Aquino (Podemos), teria um gabinete na Fiemg Foto: Fiemg/Divulgação/Arquivo

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) repudiou a acusação do candidato ao governo de Minas Alexandre Kalil (PSD) de que controla a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. No último sábado (10), o ex-prefeito de Belo Horizonte afirmou, em plenária com ambientalistas, que, caso seja eleito, irá tirar a pasta das mãos da entidade patronal.

De acordo com a Fiemg, a acusação de Kalil foi um “ato de leviandade”. Para a entidade patronal, as declarações, “infundadas e sem qualquer prova, fruto de ação eleitoreira”, não contribuem para o debate democrático. “Reforçamos que as acusações realizadas pelo candidato são infundadas, eleitoreiras e aguardamos que o mesmo prove suas afirmações ou se retrate por elas”, rebateu, em nota encaminhada a O TEMPO.

O candidato ao governo de Minas alegou que a manutenção do então secretário Germano Luiz Gomes Vieira à frente da Secretaria de Meio Ambiente mesmo após o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, em 2019, seria “uma prova cabal” da influência da Fiemg. “Agora, quem vai mandar na Secretaria de Meio Ambiente é quem entende de meio ambiente. Nunca na história deste Estado (a secretaria) foi entregue de forma tão irresponsável”, criticou. 

Antes, o ex-prefeito de Belo Horizonte já havia acusado a Fiemg, ao lado de mineradoras, de tentar “corromper” os envolvidos na elaboração do Plano Diretor de Belo Horizonte. “Enquanto a Fiemg foi lá para dentro tentar fazer o que havia de mais feio, que é corromper, eu convoquei a imprensa e avisei que ia dar o nome dos corruptos e dos corruptores”, contou Kalil, que ainda as acusou de financiar o Partido Novo.

A Fiemg ainda pontuou que não compreende iniciativas que buscam “demonizar” a classe empresarial brasileira e o setor produtivo. “Acreditamos que o candidato em questão deveria ter a dimensão da importância do setor produtivo empresarial para o desenvolvimento de Minas e toda sua população. Quem gera emprego e renda é a iniciativa privada, da qual o próprio candidato é proveniente”, salientou.

A federação acrescentou que preza por seus “valores, transparência e ética no desempenho de suas atividades” e “na defesa do setor produtivo cada vez mais sustentável e que tem gerado grandes resultados para Minas e sua sociedade”. O TEMPO procurou Kalil por meio da assessoria de campanha e aguarda posicionamento.