“Eu acho que (a música) ‘Exagerado’ é bem a cara do Cazuza. Ele a fez para o Zeca (Ezequiel Neves, produtor musical e amigo de Cazuza), mas no final ficou sendo o cartão de visitas do meu filho”, afirmou Lucinha Araújo. “Eu também sou exagerada, acho que o Cazuza puxou isso de mim”, revelou ela, em entrevista a O Tempo, lembrando do filho que morreu há exatos 30 anos - o artista faleceu em 7 de julho de 1990 com complicações em decorrência da Aids. Ela organizou uma homenagem ao filho, uma missa que será transmitida ao vivo pelo Facebook nesta terça-feira (7), a partir das 19h.
Uma publicação compartilhada por Lucinha.Araujo. (@lucinha.araujo.oficial) em 6 de Jul, 2020 às 7:41 PDT
“Ele foi um homem muito além do tempo dele e será lembrado por muitos anos”, disse Lucinha, orgulhosa, sobre curta trajetória do filho como cantor e das canções escritas por ele, que ainda repercutem. “Isso me deixa muito feliz”, contou. Entretanto, ela acredita que a história do cantor ficou marcada para além da música. “Eu acho que o Cazuza deixou, além das canções, um legado de coragem. Porque ele mostrou a cara dele numa época em que a aids era uma sentença de morte, e ele abriu para todo mundo dizendo que ele que estava doente e isso ajudou ajudou milhões de soropositivos”, afirmou.
Aos 83 anos, Lucinha garante que, nos últimos 30 anos, nunca se esqueceu do filho nenhum dia. “A dor, ainda mais da perda de um filho, é algo que você nunca mais esquece. E nem eu quero esquecer”, revelou. “Quero lembrar do Cazuza todos os dias, chorar, chorar e chorar, e depois ligar o rádio e ouvi-lo cantar”, completou Lucinha.
Sobre as lembranças que tem do filho, Lucinha afirma que se recorda da felicidade dele. “Ele era feliz do jeito dele, sempre foi feliz com as escolhas dele, com tudo dele. O pouco tempo que ele viveu, ele viveu feliz”, garantiu ela.
Homenagem
Nesta terça-feira, a partir das 19h, será realizada uma missa em homenagem a Cazuza. A cerimônia será realizada na Paróquia da Ressureição, no Rio de Janeiro, e transmitida pelo Facebook.
Nesta terça-feira, 7, uma homenagem a Cazuza será feita na Paróquia da Ressureição, no Rio de janeiro, e transmitida virtualmente através do Facebook, a partir das 19h. A data lembra os 30 anos da morte do cantor e compositor, vítima de Aids, em 1990.
A convocação é da mãe do artista, Lucinha Araújo, que está até hoje à frente da Sociedade Viva Cazuza, que fundou após a morte do filho, que auxilia os pacientes com HIV.