Patrocínio

Cemig anuncia R$ 4,5 milhões para preservação do patrimônio histórico em MG

Investimento irá beneficiar igrejas, bens tombados, museus e equipamentos culturais do Estado pelos próximos dois anos

Por Bruno Mateus
Publicado em 11 de dezembro de 2019 | 03:30
 
 
Michele Arroyo, Marcelo Matte (centro) e Marco Antônio Lage destacaram o caráter cultural dos projetos na área do patrimônio em Minas Vinicius Silva/Secult/Divulgação

A Cemig vai investir R$ 4,5 milhões em projetos de proteção e preservação do patrimônio cultural de Minas Gerais. O patrocínio foi anunciado nesta terça-feira em uma coletiva no Museu Mineiro, na região central de BH. Os investimentos da estatal, oriundos de leis de incentivo estadual e federal, vão contemplar museus e equipamentos culturais mantidos pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), bens tombados e igrejas.

A previsão é que intervenções e ajustes aconteçam pelos próximos dois anos em 60 edificações em Minas. Ações educativas, como palestras, seminários, exposições e oficinas, também estão no pacote de novidades. 

Serão três os projetos beneficiados. O programa Minas Patrimônio Cultural, do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), é o que receberá o maior aporte. Serão R$ 2,9 milhões, valor que será dividido entre projetos de instalação de alarmes e monitoramento de segurança em edificações municipais, estaduais e federais e de implementação de sistema de prevenção e combate a incêndios em equipamento sob a gestão direta do Estado, como a Biblioteca Pública e a Casa do Patrimônio de Minas Gerais, a ser inaugurada em agosto de 2020 no Circuito Cultural da Praça da Liberdade.

A Diretoria de Museus da Secult receberá o investimento de R$ 705 mil para a execução do projeto Programação Cultural dos Museus Estaduais, que tem como objetivo a promoção de ações culturais em instituições museológicas. A terceira iniciativa recebeu o nome de Revitalização do Arquivo Público Mineiro e visa à melhoria da infraestrutura das áreas de guarda do acervo, entre pinturas de paredes, recuperação de janelas e portas, tratamento de infiltrações e troca de pisos, entre outras intervenções.

Segundo a presidente do Iepha-MG, Michele Arroyo, a parceria entre Cemig e governo de Minas mostra, além de uma preocupação com a questão estrutural do patrimônio histórico, uma oportunidade para a promoção educativa desses espaços culturais no território mineiro, “pois envolve a comunidade de cada uma dessas cidades no olhar sobre o patrimônio e também na sua conservação e zelo”.

O secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Marcelo Matte, reforça a ideia de fortalecimento da memória e da identidade da população do Estado: “Sem ela, um povo não se desenvolve, não tem noção de si mesmo, não faz as escolhas corretas”.

Diretor de Comunicação e Sustentabilidade da Cemig, Marco Antônio Lage afirma que a empresa vai lançar, no ano que vem, um edital junto com a Secult, para que os museus em Minas possam ser mais bem utilizados para o desenvolvimento social, cultural e econômico do Estado. “Não só a Cemig, mas qualquer outra grande empresa instalada em Minas Gerais tem que lançar um olhar diferente para a questão cultural e investir em projetos de cidadania de grande impacto”, avalia o gestor. 

Internet

O secretário de Cultura e Turismo Marcelo Matte disse que uma das metas do governo do Estado para 2020 é levar wi-fi, por meio de cabeamento elétrico, a centros históricos de 50 cidades de Minas.