Longe das telinhas há quase três anos, Vivianne Pasmanter pode ser vista, atualmente, nas edições especiais de “Novo Mundo” e de “Totalmente Demais”, exibidas pela Globo nas faixas das 18h e das 19h, respectivamente. Nas duas produções, ela interpreta personagens que lidam com a criação dos filhos.
Na vida real, a atriz também desempenha essa função - ela é mãe de Eduardo, de 17 anos, e de Lara, de 15 - com orgulho. “O melhor papel da vida é ser”, afirma Vivianne, que conversou com o portal O Tempo sobre a maternidade.
A atriz traçou um paralelo entre a vida fora da ficção e as duas personagens - Lili, de “Totalmente Demais”, que após perder a filha Sophia (Priscila Steinman), torna-se uma mãe superprotetora com Fabinho (Daniel Blanco), e Germana, de “Novo Mundo”, que ajuda na criação de Quinzinho (Théo Lopes).
“A figura materna está forte em ‘Totalmente Demais’”, explicou ela, citando o fato de sua personagem, Lili, ter que lidar com a perda de uma filha. “Foi difícil entrar nesse sentimento, nesse entendimento, porque acho que perder um filho é a pior coisa que pode acontecer a alguém. Entrar nessa dor mexeu também um pouco na minha relação com meus filhos”, conta. Para ela, inclusive, o reencontro com Sophia (que sempre esteve viva) e, passado pouco tempo, a morte da jovem são momentos marcantes de sua personagem.
“Além disso, a Lili tinha uma questão de superproteção com o filho. Agora que meus filhos estão ficando adolescentes, me pergunto ainda mais até onde proteger. Sempre que você vive um personagem, você não passa impune a ele, você aprende muita coisa”, compara Vivianne. “Eu acho muito legal lidar com essa questão da maternidade num trabalho”, completa.
"Acho que eu também sou uma mãe bem protetora", revela a atriz. "Eu me identifico com esse desejo, mesmo sabendo que eles têm que andar por conta própria. Acho que é um medo de eles não estarem mais debaixo das nossas asas. É um aprendizado muito forte e difícil", explica.
O que é ser mãe?
Para Vivianne, o papel de mãe mudou ao longo dos anos. “Eu acho que a minha geração viveu uma vida completamente diferente da atual. O mundo era outro, não tinha internet, não tinha televisão colorida. Sinto que hoje se escuta muito mais, se dá muito mais voz ao jovem do que antes, quando a voz dos filhos não estava tão em primeiro plano”, avalia.
Questionada quem é a mãe de 2020, ela afirma: “Acho também que é difícil viver nesse novo mundo do celular, em que a vida é muito mais no agora. A mãe de 2020 tem que estar antenada com isso, tem que entender e se entender nesse novo mundo”.
Todo mundo em casa
Vivianne, que atualmente mora em São Paulo, contou que, por causa da pandemia do novo coronavírus, toda a família tem ficado em casa. Sobre a educação dos filhos, a atriz conta que não está sendo um desafio para ela, pois eles são “adolescentes e se viram superbem. “Assim que o Eduardo (de 17 anos) entrou para a faculdade, já começaram as aulas online”, revela Vivianne. “Não cabe a mim ficar ali do lado”, conta.
Por conta da pandemia, ela afirma que Dia das Mães, que é comemorado neste domingo (10) será diferente dos outros anos. “Nessa época de pandemia, estou tentando não planejar, já que está bem difícil planejar qualquer coisa. Mas vou ficar com os meus filhos. Tenho esse privilégio de estar com eles”, contou. “Não vou estar com a minha mãe porque ela é grupo de risco, mas preparei uma coisa para ela junto com minha irmã. Não posso contar para não estragar”, disse. Ela completou: “Só de eu estar junto dos meus filhos já é um presente”.