PRÊMIO

Fotógrafo brasileiro ganha Pulitzer 2016 por imagens de refugiados

Mauricio Lima, do jornal The New York Times, ganhou a categoria de fotografia de notícias por sua cobertura sobre a crise dos refugiados

Por FOLHAPRESS
Publicado em 19 de abril de 2016 | 11:41
 
 
Refugiados disputam água, cobertores e roupas distribuídos perto de estação de trem na Grécia Mauricio Lima/The New York Times

O fotógrafo brasileiro Mauricio Lima foi um dos ganhadores, nesta segunda-feira (18), do prêmio Pulitzer por fotografias que mostram o drama dos refugiados, feitas para o jornal "The New York Times".

O trabalho, de Lima e outros três fotojornalistas, foi premiado na categoria "Fotografia noticiosa" (Breaking news photography).
A premiação foi dividida com a Reuters, também pela cobertura fotográfica da crise migratória.
Na categoria "Notícias de última hora", o prêmio foi dado à equipe do jornal "Los Angeles Times", pelas reportagens da cobertura do ataque que matou 14 pessoas em San Bernardino (na Califórnia), em dezembro passado.
A agência de notícias Associated Press levou o prêmio na categoria "Serviço Público" por reportagens sobre a utilização de trabalho escravo no sudeste asiático para o comércio de frutos do mar para os Estados Unidos. Mais de 2.000 trabalhadores escravos foram libertados após a divulgação da série de reportagens.
O prêmio Pulitzer foi estabelecido em 1917 e, neste ano, marca seu 100º aniversário.

 

PREMIADOS EM JORNALISMO

  • Serviço Público - Associated Press (por matérias sobre trabalho escravo no comércio de frutos do mar para os EUA)
  • Notícias de última hora - Equipe do "Los Angeles Times" (pela cobertura do ataque em San Bernardino)
  • Reportagem investigativa - Leonora LaPeter Anton e Anthony Cormier, do "Tampa Bay Times", e Michael Braga, do "Sarasota Herald-Tribune" (por uma reportagem colaborativa sobre violência e negligência em hospitais psiquiátricos na Flórida)
  • Reportagem explicativa - T. Christian Miller, do ProPublica, e Ken Armstrong, do Projeto Marshall (empreitada sobre falhas na investigação de estupros)
  • Reportagem local - Michael LaForgia, Cara Fitzpatrick e Lisa Gartner, do "Tampa Bay Times" (matérias sobre a responsabilidade de autoridades locais em problemas em escolas)
  • Reportagem nacional - Equipe do jornal "The Washington Post" (por criar e utilizar um banco de dados nacional sobre assassinatos por policiais)
  • Reportagem internacional - Alissa J. Rubin, do jornal "The New York Times" (que escreveu sobre crueldades vividas por mulheres afegãs)
  • Escrita [feature writing] - Kathryn Schulz, da revista The New Yorker (com uma longa reportagem sobre terremotos e desastres naturais)
  • Comentário - Farah Stockman, do "The Boston Globe" (colunas sobre transporte escolar e conflitos raciais)
  • Crítica - Emily Nussbaum, da revista The New Yorker (por resenhas sobre televisão)
  • Editorial - John Hackworth, do "Sun Newspapers", Charlotte Harbor, Flórida (editoriais que cobraram mudanças após a morte de um detento por seguranças)
  • Cartoon de editorial - Jack Ohman, "The Sacramento Bee"
  • Fotografia noticiosa [breaking news photography] - Mauricio Lima, Sergey Ponomarev, Tyler Hicks e Daniel Etter, do "New York Times"; e equipe da agência Thomson Reuters (ambos por fotografias sobre o drama dos refugiados)
  • Fotografia para séria especial [feature] - Jessica Rinaldi, do "Boston Globe"