Grupo Cobra Coral abre show de João Bosco e revisita sucessos da carreira

João Bosco estava nos bastidores do Palácio das Artes quando foi fisgado, ou melhor, picado pela serpente ao ouvir pela primeira vez o som do grupo Cobra Coral, que, naquela noite, abriu o show dele. A experiência foi descrita pelo próprio Bosco no encarte do disco de estreia do quarteto, que, com a morte do fundador Flávio Henrique, em 2018, passou a se apresentar como trio.

A proximidade que Bosco sentiu com aqueles músicos talvez tivesse razões que ele próprio desconhecesse. A primeira vez que a vocalista Mariana Nunes, 36, se apresentou em público foi em um sarau promovido pela irmã de Bosco. “A Gracinha foi minha professora de português no Promove e sempre me incentivava a cantar”, revela Mariana. 

Na ocasião, a garota de 15 anos escolheu duas canções pra lá de desafiadoras: “Fascinação”, imortalizada por Elis Regina, e “Fado Tropical”, de Chico Buarque e Ruy Guerra. “Foi um dia marcante e especial para mim”, recorda Mariana. Assim como deve ser o show deste sábado (7), quando o Cobra Coral encerra a edição do projeto O Som do Mercado, novamente “abrindo alas” para o autor de clássicos da canção popular brasileira, como “Papel Machê” e “Incompatibilidade de Gênios”.

“O Cobra Coral tem a ideia da voz e violão como um de seus pilares, e o João Bosco é um mestre nesse formato, com uma forma muito própria de tocar”, elogia Mariana. No repertório, “canções que o público está com saudades de ouvir”, conta a intérprete. “Encontros e Despedidas”, “Casa Aberta”, “Manhã” e “Força Estranha” estão garantidas.

Já o futuro segue indefinido. “Estamos fechando o ano para ver o que faremos em 2020. Temos o material do show com músicas do Caetano que certamente vai para a internet”, encerra a cantora.

Serviço

Show do Cobra Coral, neste sábado (7), às 21h30, no Distrital (rua Opala, s/n, Cruzeiro). De R$ 40 (meia) a R$ 120 (mesa).