Aniversário

Lembranças do menino maluquinho 

Samuel Costa relembra experiências do personagem que viveu há 20 anos e fala de sua vida na atualidade

Por Cristina Moreno de Castro
Publicado em 08 de junho de 2015 | 03:00
 
 
Dirigido por Helvécio Ratton, "Menino Maluquinho - O Filme" foi lançado em 1995 O Menino Maluquinho/Divulgação

Protagonista do filme “O Menino Maluquinho”, dirigido por Helvécio Ratton a partir do personagem do cartunista Ziraldo, Samuel Costa continua vivendo em São Paulo, sua terra natal. Ele completou 30 anos em fevereiro e atualmente se dedica a uma produtora, a Blues Filmes, depois de outras experiências no cinema e na televisão. Na entrevista a seguir, Samuel relembra episódios das filmagens e avalia o que significou para ele ter participado do longa-metragem. Entre as passagens ele recorda da dificuldade para uma cena marcante para quem assistiu, uma descida em um carrinho de rolimã. Confira:
 

Entrevista

 

Nesses 20 anos você chegou a trabalhar como ator em algum outro momento?

Depois do filme rolou bastante coisa. Teve o segundo “Maluquinho”, três anos depois. Aí, em 1998 fiz alguns trabalhos na TV, participei de “Malhação” e fiz um papel na novela “Meu Bem Querer”. Mais pra frente, em 2000, atuei na minissérie “Aquarela do Brasil” e depois fiz alguns episódios do quadro “Retrato Falado”, com a Denise Fraga, até 2004.
 

Hoje você trabalha com quê? Conte um pouquinho da sua carreira. 

Em 2003 fui estudar publicidade no Mackenzie, no ano seguinte consegui um estágio de assistente de direção de arte na agência McCann-Erickson. Fiquei lá por quatro anos. Em 2008, taquei o foda-se, larguei tudo e fui caçar trampo de assistente de direção em algumas produtoras. Fiquei uns meses “freelando” e nessa época conheci o Bruno Bock, que já tinha a produtora Blues Filmes. A gente se juntou, ralamos três anos até que a produtora começou a engrenar de fato. Fomos aumentando e transformamos a produtora numa agência de conteúdo focada em público jovem. Além dos projetos para os clientes, a gente produz aqui o canal Pipocando do YouYube: youtube.com/pipocando. O canal está um puta sucesso, estou muito feliz com esse trampo.
 

E a vida pessoal? Já é casado? Tem filhos?

Não tenho filhos, ainda! Dá pra aguentar mais um pouco… 
 

Você gostou de ter feito o filme? Foi marcante na sua vida, de alguma forma?

Gostei muito! É uma experiência para a vida toda. É gostosa a “vibe” que se tem na produção de um filme. Aquela galera toda que praticamente se muda para um lugar e vira uma família, por três meses no nosso caso. Com certeza, mudou tudo na minha história. Me fez ter interesse por tecnologia, equipamentos de gravação, produção. Eu era muito curioso e maior parte do tempo que eu não atuava eu torrava o saco da galera da produção pra aprender.  Fico muito feliz de ter participado de algo que até hoje é referência do cinema brasileiro infantil. É um prazer assistir o filme.
 

Tem alguma lembrança divertida/curiosa sobre a época de gravações? 

Nossa, estava me cagando todo pra fazer aquela cena do carrinho de rolimã, mas eu meti a marra: “deixa que eu desço saporra!” –  Depois da primeira descida eu vi que era suave e foi só alegria. Lembro que chutei de verdade a perna do Bocão debaixo da mesa. Ele ficou puto. O Helvécio (diretor) tinha me prometido um Kinder Ovo para cada bola que eu defendesse naquela última cena do filme.