Ronaldo Fraga

Novos projetos movimentam agenda no ano 

Estilista mineiro estreia renovado “TV Mulher e inaugura, no próximo mês, um novo espaço em Belo Horizonte

Por silvana mascagna
Publicado em 25 de abril de 2016 | 03:00
 
 
FERNANDA CARVALHO / O TEMPO

Já foi o tempo em que Ronaldo Fraga se preocupava única e exclusivamente com uma nova coleção. Em meio a criação de “Re-Existência”, que ele lança hoje, às 21h, no São Paulo Fashion Week, ele anda às voltas com sua estreia na TV, com a abertura da Paralimpíadas e com inauguração, em maio, de um novo espaço, depois de fechar sua loja na Savassi no ano passado.

Grande Hotel Ronaldo Fraga é o nome de batismo de um casarão dos anos 20, no bairro Funcionários, que vai abrigar, além de sua marca, outros parceiros, como o estilista Rodrigo Fraga, irmão de Ronaldo, especialista em roupas masculinas “A ideia do hotel é essa mesma: de hospedar designers daqui, de outros lugares do Brasil e até de fora”, afirma o estilista.

O casarão de 560 m² na rua Ceará (entre as ruas Bernardo Guimarães e Aimorés), que está sendo restaurado, será um espaço de convivência, que terá um café, uma barbearia, uma loja de vinhos, a redação do site de Natália Dornellas, entre outros estabelecimentos.

A ideia, segundo Fraga, é abrir o espaço e depois fazer uma inauguração com o lançamento de “Amor”, sua última coleção.

As outras coleções continuam sendo vendidas a preços promocionais no ateliê do estilista, no bairro Floresta (rua Mucuri, 313), às quartas, quintas e sextas-feiras, das 10h às 19h, ou em outros dias, com hora marcada. Elas não irão para a nova loja.

Televisão. É em maio também que estreia o “TV Mulher”, nova versão do programa de grande sucesso dos anos 80, em que Ronaldo Fraga comandará um quadro sobre moda. Previsto para ir ao ar a partir do dia 31 no canal Viva, será, assim como o original, apresentado por Marília Gabriela. A direção ficará a cargo de Jorge Espírito Santo.

“Fui envolvido pela emoção”, diz Ronaldo Fraga, sobre ocupar o lugar de Ney Galvão, que comandou o quadro sobre moda na segunda fase do programa, que foi ao ar na Globo entre 1980 e 1986. “Foi a primeira vez que a moda foi afetuosa e democrática”, acredita. “Na época, a Rede Globo não permitia sotaques. E Ney defendia seu baianês e sempre terminava mandando um ‘cheiro’ para as telespectadoras”, afirma. Para Fraga, Ney Galvão foi importantíssimo para sua geração. “Ele defendia uma moda que dialogava com o Brasil profundo. Sempre penso em fazer uma coleção em homenagem a ele. Ainda virá”, conta ele.