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Seppir mantém ações e programas

Martvs Antônio A. das Chagas, que assumiu interinamente o cargo, garante que projetos da secretaria serão mantidos

Por FABIANO CHAVES
Publicado em 12 de fevereiro de 2008 | 17:21
 
 
Martvs Antônio A. das Chagas, que assumiu interinamente o cargo, garante que projetos da secretaria serão mantidos ARQUIVO SEPPIR/DIVULGAÇÃO

Após o escândalo dos cartões corporativos, que culminou com a renúncia da ex-ministra Matilde Ribeiro, a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) continua a dar andamento às suas ações e programas. Na última quarta-feira, o "Diário Oficial da União" publicou a nomeação do sociólogo Martvs Antônio Alves das Chagas para assumir interinamente o cargo.

Mineiro de Raul Soares, Chagas exercia antes o papel de secretário-adjunto. Tecendo elogios ao trabalho da ex-ministra, ele promete dar sequência ao trabalho desenvolvido anteriormente. "Na verdade a casa tem muito da construção da Matilde. Daremos continuidade ao seu trabalho, aprimorando ações e programas. O episódio dos cartões não vai atrapalhar o trabalho da secretaria", afirma.

Além da continuidade das ações, as atenções voltam-se agora para quem poderá assumir a titularidade do cargo. Diversos nomes já são especulados: como os dos deputados federais Edson Santos e Carlos Santana, ambos do PT do Rio de Janeiro, ou a vereadora Olívia Santana (PC do B/BA). Até mesmo a cantora Leci Brandão já foi lembrada para o cargo. Além, é claro, do próprio Chagas.

O secretário interino lembra que a nomeação do titular fica a cargo do presidente Lula. "O mais importante é a manutenção da Seppir e dos programas do órgão. O debate dos nomes é secundário. Acredito que vamos manter a política do órgão. Minha permanência é uma decisão exclusiva do presidente. Se ele achar que posso assumir, ou indicar outro nome, cumprirei sua determinação. Não estou em campanha", diz.

Segundo Chagas, não há razão para o movimento negro temer paralisações nas ações da Seppir, motivadas por disputas pelo cargo de ministro. "O movimento negro pode ter certeza que nosso trabalho continua. Nosso compromisso é com a execução dos programas. Não acredito que possíveis disputas políticas possam interferir no trabalho".