Cinema

Um filme e muitas polêmicas 

Parceria entre DiCaprio e Scorcese, “O Lobo de Wall Street vem gerando incômodos

Por Da Redação
Publicado em 03 de janeiro de 2014 | 04:00
 
 
"O Lobo de Wall Street" de Martin Scorsese Divulgação

Leonardo DiCaprio e Martin Scorsese, estrela e diretor do longa “O Lobo de Wall Street”, estão sendo acusados de glamourizar o estilo de vida de “escapadas sexuais divertidas e farras com cocaína” vividos por Jordan Belfort, um corretor da bolsa de valores norte-americana condenado a quatro anos de prisão por um caso de fraude. O filme estreia no Brasil no fim do mês.

A acusação partiu de Christina McDowell, cujo pai, Tom Prousalis, era um dos sócios de Belfort. Segundo ela, o filme “exacerba nossa obsessão nacional por riqueza e status” e “glorifica o comportamento psicopático”.

McDowell ainda afirmou em carta aberta à revista “LA Weekly” que foi obrigada a mudar de nome depois que seu pai roubou sua identidade para lavar dinheiro. Ela também acusa o filme de ser misógino e degradante para as mulheres.

Em entrevista à “Variety, Leonardo Di Caprio foi categórico: “Espero que as pessoas entendam que não estamos tolerando esse comportamento, nós estamos acusando isso. O livro já é um conto de advertência, e se você prestar atenção ao final do filme vai perceber o que estamos dizendo sobre essas pessoas e sobre este mundo intoxicante”.

“O Lobo de Wall Street” sela a quinta parceria no cinema entre o diretor e o ator, que também assina a produção executiva do filme, e quebra um recorde de acordo com o Wikipedia ao utilizar centenas de vezes a palavra “fuck”. Foram 506 ocorrências em 180 minutos de filme, superando a marca de O Verão de Sam (1999), filme de Spike Lee que usou a palavra 435 vezes em 142 minutos.