Começa assim: seis ilustradores divididos em duas equipes. O público presente, formado especialmente por crianças e adolescentes, também é dividido para integrar cada equipe de ilustradores. A partir daí, a criatividade é o fio condutor do Slam de Ilustração, uma das ações que integram a programação da 2ª Feira Literária de Tiradentes, que acontece até este domingo, na cidade histórica mineira.

Sob comando do escritor Volnei Canônica, os ilustradores Guto Lins, Demóstenes Dumont, Mariana Massarani, André Neves, Roger Mello - este um dos homenageados da Fliti - e Gabriel Leite, jovem de Tiradentes que surpreendeu os convidados com seu trabalho e foi "convocado" para integrar a ação, o Slam consiste numa brincadeira na qual artistas e público interagem na construção de uma grande pintura, lúdica e colorida.

Assim, Volnei começou a contar um história, deixando o fio condutor para que um ilustrador de cada equipe iniciasse seu desenho em um grande painel (de papel) colocado no pátio do Museu da Liturgia - um dos espaços que abrigam a programação da Fliti.

Assim, a cada grito do mediador, invocando o nome da equipe (no caso, Pintinho e Drone, sugestões da criançada presente), o ilustrador era substituído pelo colega para dar sequência ao desenho, e assim sucessivamente. Depois, sai o time de ilustradores e entram os futuros artistas, os pequenos ansiosos para entrar na brincadeira e deixar a criatividade fluir.

Em outro momento, as crianças são convocadas a intervir no "projeto" do time adversário, promovendo uma grande mistura de traços e cores. Assim, ao fim, todos são vencedores, deixando o Slam de Ilustração como uma grande brincadeira de arte, comunhão e muitas cores.