Na virada do século XIX para o XX, a composição racial das populações era uma grande preocupação no Ocidente. No Brasil, cientistas e intelectuais condenavam a existência de negros, indígenas e mestiços, e previam um futuro branco – e mais próximo da Europa –, caso se investisse na imigração europeia. É nesse terreno marcado por teorias racistas que a eugenia assenta suas ideias.
Considerada ciência até meados do século passado, a eugenia partia do pressuposto de que os seres humanos se dividam em raças superiores e inferiores, e que era possível “melhorar” a humanidade estimulando a reprodução dos superiores e inibindo a dos inferiores. Neste segundo episódio, o podcast Pelo Avesso apresenta a composição demográfica do Brasil e o pensamento que se tinha sobre ela, antes da chegada dos ideais eugênicos.
Neste episódio, colaborações de Marcus Martins, bibliotecário, mestre em ciência da informação e doutor em educação; Flávio Gomes, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Tarcísio Botelho, professor do departamento de história da Universidade Federal de Minas Gerais; Lilia Schwarcz, professora da Universidade de São Paulo, da Universidade de Princeton e autora do livro “O Espetáculo das Raças” (Companhia das Letras); e Roniere Lima, historiador com especialização em história da cultura afro-brasileira e gestor do Centro de Ensino Professor João Pereira Martins Neto.
Nesta temporada, Pelo Avesso conta a história da eugenia e seus efeitos no Brasil. Se você ainda não ouviu o primeiro episódio, ouça aqui (de preferência, antes de ouvir este).
Pelo Avesso é uma produção em parceria com O TEMPO e tem apoio do Instituto Serrapilheira, que financia a pesquisa e divulgação científica no país. Serão sete episódios, publicados quinzenalmente, sempre às quartas-feiras.
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*Especial para O TEMPO.