Tensão no Golfo

Após Irã capturar navio petroleiro, EUA abatem drone do país

Trump diz que aeronave chegou ‘muito, muito perto’ de embarcação; Teerã contesta

Qui, 18/07/19 - 20h50
Drone teria se aproximado do navio USS Boxer no estreito de Ormuz, próximo ao Golfo Pérsico | Foto: US NAVY /AFP

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Os Estados Unidos derrubaram ontem um avião não tripulado iraniano no estreito de Ormuz, que se aproximava perigosamente de um navio americano, informou o presidente Donald Trump.

“O (USS) Boxer tomou uma ação defensiva contra um drone iraniano que tinha se aproximado a uma distância muito, muito pequena, de umas 1.000 jardas” [cerca de 1kg], anunciou Trump na Casa Branca. “O drone foi destruído imediatamente”, destacou.

A derrubada da aeronave ocorre em um momento de tensões crescentes na região do Golfo entre os Estados Unidos e o Irã. “Esta é a última de muitas ações provocadoras e hostis do Irã contra navios que operam em águas internacionais”, prosseguiu Trump.

“Os Estados Unidos se reservam o direito de defender as instalações de seu pessoal e seus interesses, e exorta todas as nações a condenar a liberdade de navegação e o comércio mundial do Irã”, afirmou.

O mandatário também fez um chamado a outros países para que protejam seus navios no estreito e colaborem com os Estados Unidos. Um porta-voz do Pentágono, Jonathan Hoffman, confirmou o incidente.

Já o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, declarou não ter conhecimento da perda de qualquer drone do país. “Não temos informação sobre a perda de drone”, disse Zarif ao chegar à sede das Nações Unidas para uma reunião com o secretário geral, Antonio Guterres.

Por outro lado, os Guardiões da Revolução do Irã, o Exército de elite da República Islâmica, informaram ter retido um “petroleiro estrangeiro” e seus 12 tripulantes no dia 14 de julho por suposto contrabando de combustível, após uma série de incidentes com navios-tanque na região.

A tensão entre Teerã e Washington tem crescido desde que Trump se retirou unilateralmente do acordo nuclear de 2015 com o Irã e voltou a aplicar sanções à República Islâmica

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