Devido à Covid-19

Aumenta tensão de alemães que exigem acesso às suas casas em Mallorca

Desde o final de abril, centenas deles enviaram cartas de protesto, pedindo às autoridades que permitam a entrada de proprietários estrangeiros

Dom, 17/05/20 - 14h24
Em foto de arquivo tirada em junho de 2004, turistas alemães fazem figuras na areia com garrafas de cerveja na praia El Arenal, em Palma de Maiorca, Espanha | Foto: Jaime REINA / AFP
Os proprietários alemães de casas de veraneio na ilha espanhola de Maiorca protestam contra a decisão do governo espanhol de proibir sua entrada na Espanha antes do término do confinamento decretado para combater o novo coronavírus no país.Desde o final de abril, centenas deles enviaram cartas de protesto, pedindo às autoridades do arquipélago das Baleares, do qual Mallorca faz parte, que permitam a entrada de proprietários estrangeiros. 
 
O governo espanhol insiste em que eles terão de esperar até que o desconfinamento esteja concluído. Esses alemães consideram as restrições de viagem impostas para interromper a pandemia "completamente exageradas" e exigem o fim do estado de emergência, em função da queda no número de casos de Covid-19. Alguns ameaçam até mesmo retirar seus investimentos da ilha. Mallorca é um popular destino de férias entre os alemães, a ponto de ser chamada de "17º estado regional" em seu país.
 
Cerca de 4,5 milhões de alemães viajaram para lá em 2019 para aproveitar suas praias paradisíacas e noites de festa. Esta semana, o governo espanhol iniciou um desconfinamento progressivo em uma parte do país, incluindo as ilhas Baleares. A medida deve se estender até o final de junho para evitar o risco de casos importados de coronavírus.
 
A partir de sexta-feira, a entrada no país por via aérea, ou marítima, será limitada a espanhóis, residentes de Espanha, ou casos específicos. E quem chegar ao país deverá passar por uma quarentena de 14 dias. 
 
Essa medida vai durar até o fim do estado de emergência decretado pelo governo Pedro Sánchez, que deseja prorrogá-lo até o final de junho. Ela impede a entrada de proprietários de casas de veraneio, porque a propriedade "não prova residência na Espanha".

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