Recompensa

EUA oferecem US$ 10 milhões por informação sobre chefe do Hezbollah no Iraque

Mohamed Kawtharani assumiu parte da coordenação política de grupos paramilitares pró-Irã anteriormente organizados por Qasem Soleimani, assassinado em janeiro

Por AFP
Publicado em 10 de abril de 2020 | 19:57
 
 
Na homenagem ao coronel Qasem Soleimani, uma multidão de iranianos pedia vingança Foto: Atta Kenare/AFP

Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (10) uma recompensa de até US$ 10 milhões por "todas as informações sobre as atividades, redes e associados" de Mohamed Kawtharani, um comandante libanês do Hezbollah acusado de desempenhar um papel fundamental na coordenação de grupos pró-Irã no Iraque.

"Mohamed Kawtharani é um alto funcionário das forças do Hezbollah no Iraque e assumiu parte da coordenação política de grupos paramilitares pró-Irã anteriormente organizados por Qasem Soleimani", afirmou o Departamento de Estado dos EUA em comunicado. 

O general Soleimani, um poderoso líder da Guarda Revolucionária, o exército ideológico de Teerã, fortemente envolvido nos assuntos iraquianos, morreu no início de janeiro em um ataque dos EUA a Bagdá.

Segundo Washington, Kawtharani, que está na lista dos EUA para o terrorismo desde 2013, "facilita as ações de grupos que operam fora do controle do governo iraquiano para reprimir violentamente os manifestantes" ou "atacar missões diplomáticas estrangeiras". 

O Departamento de Estado, que considera o Hezbollah como uma organização terrorista, acrescentou que o funcionário promoveu os interesses do movimento xiita libanês no Iraque, participando de "treinamento, financiamento e apoio político e logístico aos grupos insurgentes xiitas iraquianos".