O início da semana foi marcado por uma intensa atividade solar, com uma explosão de alta intensidade que deu origem à mancha solar AR3575. A ocorrência aconteceu nessa segunda-feira (5/2), conforme informado pela especialista em física solar, Keith Strong. A explosão atingiu seu pico no dia seguinte, provocando interrupções temporárias nas comunicações via rádio em partes da Austrália e da Ásia.

Assista ao vídeo:

Spectacular Long-duration M4 Flare Still in progress. It started at 01:30 UT and peaked at 03:15. At 03:50 UT it is still at M2 level. It definitely launched a CME that may affect Earth with a geomagnetic storm, but the region isa long way south on the Sun so could pass under us. pic.twitter.com/jBOcyI8bKp

— Keith Strong (@drkstrong) February 6, 2024

A liberação de partículas da explosão solar, que demoraram aproximadamente oito minutos para alcançar a Terra, ionizou a camada mais alta da atmosfera. Esse fenômeno resultou em blecautes de rádio em frequências inferiores a 30 MHz na Austrália e no Sudeste Asiático.

Classificada como uma explosão de magnitude M4.2, este tipo de evento solar é conhecido por causar breves interrupções nas comunicações de rádio nas regiões polares da Terra, além de pequenas tempestades de radiação solar, representando riscos para astronautas não protegidos.

A expectativa é de mais atividades solares nos próximos dias. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) aponta para uma alta probabilidade de ocorrência de mais erupções solares das classes M e X.

O que são as explosões solares?

Explosões solares são poderosas emissões de radiação eletromagnética do Sol. Classificadas de acordo com sua intensidade, as mais potentes são categorizadas como tipo X, enquanto as mais leves são do tipo A. Esses eventos ocorrem devido à liberação súbita de energia magnética acumulada na atmosfera solar e estão intimamente relacionados ao ciclo solar de 11 anos.