No lixo

"Momo está morta", afirma artista plástico criador da boneca monstro

Imagens da Momo foram inseridas em vídeos, disseminados por redes sociais de troca de mensagens, como WhatsApp e Messenger

Por Da Redação
Publicado em 19 de março de 2019 | 18:10
 
 
Assunto é um dos mais comentados entre as crianças; imagem parece ser de personagem filme de terror reprodução

O artista japonês Keisuke Aiso, de 46 anos, criador da obra de arte boneca Momo, afirmou, em entrevista ao tabloide inglês "The Sun", que jogou sua crianção no lixo. A decisão do artista foi feita após a imagem ser usada para incentivo à automutilação e ao suicídio infantil.

“As crianças podem ter certeza de que Momo está morta”, decretou o autor.

A escultura de silicone foi exposta na Vanilla Gallery, em Tóquio, no Japão, em 2016. No ano passado, no entanto, a imagem foi usada para disseminar mensagens nocivas ao público jovem. Chamado como Desafio da Momo, o fenômeno consistia-se em envio de mensagens que disseminavam imagens violentas e colocavam o destinatário em risco.

Recentemente, a personagem grotesca voltou a ser compartilhada. Desta vez, imagens da Momo foram inseridas em vídeos, disseminados por redes sociais de troca de mensagens, como WhatsApp e Messenger. O YouTube chegou a se posicionar oficialmente para dizer que não encontrou nenhum vídeo com a Momo, mas pediu para que os usuários denunciem, caso algum seja encontrado.

Durante a entrevista, Aiso disse ter ficado assustado com a  repercussão da imagem e também disse que sentiu-se responsável pela forma negativa como alguns grupos estavam usando sua obra.

“Ela não existe mais, não foi feita para durar. Estava desgastada e joguei fora. As crianças podem ter certeza de que Momo está morta. Ela não existe e a maldição se foi. Eu tenho uma criança pequena, então entendo como os pais estão preocupados”, ressaltou o artista.

Antes de viralizar, a obra ficava na casa de Aiso. “Um vizinho que passava pela rua viu a escultura e disse que quase teve um ataque cardíaco”, disse o autor, que passou a receber mensagens de ódio e ameaças.hoje