A tempestade de inverno Elliot (ou ciclone bomba) levou neve pesada, ventos congelantes e com intensidade de furacão, inundações costeiras e baixas temperaturas aos Estados Unidos. Milhões de pessoas estão sem energia elétrica, aeroportos tiveram mais de 6.000 voos cancelados, e rodovias foram bloqueadas. Se está difícil para quem está dentro de casa, imagina quem precisa trabalhar ou viver exposto ao tempo?
O vento gélido e as baixas temperaturas quase impossibilitaram o trabalho do Corpo de Bombeiros de Detroit, no Michigan, onde um incêndio consumiu um depósito. O armazém fica numa área da cidade que está sem luz, e os ventos e a neve prejudicaram os trabalhos, inclusive por causa do gelo nas mangueiras dos bombeiros, o que fez com que o fogo se espalhasse mais rapidamente, até ser totalmente debelado.
Quase todos os caminhões de Bombeiros em Buffalo, no Estado de Nova York, estão encalhados e atolados na neve desde a manhã deste sábado (24). "Não importa quantos veículos de emergência tenhamos, eles não conseguem passar", afirmou a governadora Kathy Hochul.
Segundo o Serviço Nacional de Meteorologia, mais de 240 milhões de americanos (70% da população) são afetadas pelo clima. É a maior extensão de alertas para o inverno de todos os tempos.
Pelo menos 19 pessoas já morreram em acidentes ou por exposição ao frio. O Serviço Nacional de Meteorologia espera que mais de 100 recordes climáticos sejam igualados ou quebrados nos próximos dias. A Flórida, por exemplo, deve experimentar o Natal mais gelado em 30 anos.
Histórica, a tempestade que afeta boa parte do país provocou nevascas intensas, rajadas de gelo e temperaturas que chegaram a -48ºC em algumas áreas, o que transforma água fervendo em gelo em questão de segundos.
Entenda o ciclone bomba
A forte nevasca e as temperaturas polares que atingem os Estados Unidos na época do Natal se devem a um fenômeno climático chamado ‘bomba de baixa pressão’, causado por uma depressão que se intensifica rapidamente, mas cuja intensidade histórica se deve ao ar ártico gelado. A tempestade de inverno atinge mais de 70% dos americanos. (Com AFP e Folhapress)