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Presidente sul-coreano é flagrado xingando políticos dos EUA

Sem saber que estava sendo filmado, Yoon Suk-yeol fez comentários indelicados sobre o Congresso norte-americano

Por Agência
Publicado em 23 de setembro de 2022 | 08:23
 
 
O presidente sul-coreano,Yoon Suk-yeol tem índice de popularidade reduzindo para o menor nível Foto: LUDOVIC MARIN / AFP

O presidente sul-coreano,Yoon Suk-yeol, cujo índice de popularidade caiu para o menor nível, esteve no olho do furacão por comentários indelicados sobre os Estados Unidos, um aliado importante, sem saber que ele estava sendo gravado. 

"Como Biden não vai ficar mal se esses filhos da puta não aprovarem [sua proposta de aumentar sua ajuda financeira ao Fundo Global] no Congresso?", disse o presidente a assessores em Nova York na quarta-feira, após uma foto no Fundo Global, organizado à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas. 

Uma câmera capturou Yoon fazendo esses comentários depois de se encontrar com o presidente dos EUA, que prometeu contribuir com US$ 6 bilhões adicionais para o Fundo Global de Combate à aids, tuberculose e malária; também chamado de Fundo Mundial. Postado no YouTube, o vídeo foi visto mais de 2 milhões de vezes poucas horas depois de ser publicado, e na Coreia do Sul a palavra "fuckers" foi a hashtag mais popular no Twitter na quinta-feira.

As observações de Yoon parecem se referir à disposição de Biden de aumentar sua contribuição financeira para o Fundo Global, que requer aprovação do Congresso. "As palavras e ações do presidente são a dignidade nacional do país", postou um internauta no YouTube.  Washington tem cerca de 27.000 soldados destacados na Coreia do Sul para lidar com a ameaça representada pela Coreia do Norte, que possui armas nucleares. 

Yoon, um ex-promotor, cometeu o que os analistas descrevem como uma série de erros durante seus primeiros meses no cargo. A "linguagem grosseira de Yoon, que manchou a imagem do Congresso dos EUA, causou um grande incidente diplomático", disse Park Hong-keun, líder do Partido Democrata da Coreia do Sul na oposição. (AFP)