Exemplo

Cada um poupa como pode 

Atitudes simples como não lavar a calçada com mangueira, usar a água da máquina de lavar roupas para jogar no vaso e encurtar o tempo no chuveiro fazem a diferença

Iniciativa. O estudante Lucas Isaac tem deixado de lavar o carro e coloca o celular para despertar e cronometrar o tempo exato do banho | Foto: arquivo pessoal/divulgação
PUBLICADO EM 24/10/14 - 03h00

Diante da estiagem que atinge Minas Gerais, campanhas de conscientização para economizar água não faltam, mas surgem mais ações individuais do que coletivas.

O estudante Lucas Isaac Queiroz decidiu não lavar o carro com a mesma frequência de meses atrás. “Lavar carro com mangueira gasta muita água. Tenho buscado outras soluções e pretendo comprar o produto para realizar a lavagem a seco”, conta.

Além disso, Lucas também tem diminuído o tempo dos banhos. “Para me policiar marco 5 min no celular e coloco para despertar”, diz.

A estudante Gabrielly Silva conta que além dos banhos mais rápidos, a mãe também adotou novas medidas. “A água usada para lavar roupa vem sendo reaproveitada para limpar a casa e também é utilizada no vaso – para diminuir o uso da descarga”, afirma.

A situação da seca acabou conscientizando a família da estudante Kellyenne Sayaka, que vem reduzindo o tempo e a quantidade de banhos e reaproveitando a água da máquina de lavar roupas. “Também paramos de lavar o quintal e a calçada com a mangueira”, afirma.

Uso indevido suspenso

A Prefeitura de Contagem, por meio da Fundação Municipal de Parques e Áreas Verdes de Contagem (Conparq), com apoio da Regional Industrial, realizou o desligamento de um ponto de água que estava sendo utilizado de forma irregular na praça Louis Ensch, no bairro Cidade Industrial.

O ponto de água era destinado à manutenção da praça e passou a ser utilizado para a lavagem de motos, carros e caminhões particulares. Além do desperdício, principalmente nesse momento de escassez, a água ficava empoçada na avenida Presidente Castelo Branco e causava diversos transtornos, como mau cheiro, acidentes de trânsito e desgaste do asfalto.

As denúncias foram feitas pela própria população que não concordava com a utilização ilegal da água. “O que me motivou a denunciar foi o desperdício de água em enorme quantidade. A torneira tinha uma determinada função que era limpar a praça e não estava sendo usada para esse intuito. O pessoal estava vindo de fora para lavar carros. A nossa reivindicação foi atendida com respeito e educação. Muito positivo”, afirmou Simone Chiodi, do Quiosque do Chefe.

Para realizar denúncias sobre o uso indevido de água em praças e canteiros entre em contato com a Conparq pelo telefone (31) 3356-5400 ou 3911-7960