Mercado

Alex da Riva Carvalho é eleito presidente da BLTA

Segmento de luxo, segundo o empresário, deve se recuperar mais rapidamente no pós-pandemia

Por Paulo Campos
Publicado em 26 de fevereiro de 2021 | 17:55
 
 
A nova diretoria da BLTA: André Zanonato (financeiro), Claudia Baumgratz (comunicação), Alex da Riva (presidente), Simone Scorsato (CEO), Mariana Rosa (comercial) e Michael Nagy (relações institucionais) BLTA/Divulgação

O empresário Alex da Riva Cavalho, do hotel de selva Cristalino Lodge (MT), foi eleito nesta semana presidente da Brazilian Luxury Travel Association (BLTA) para o biênio 2021-2022. A associação, que reúne cerca de 46 empreendimentos de luxo em todo o país, se alicerça sobre três pilares básicos: diversidade, autenticidade e sustentabilidade. Fazem parte da associação em Minas o Hotel Fasano, de Belo Horizonte, e o Reserva do Ibitipoca, em Conceição do Ibitipoca. 

Na associação como diretor financeiro desde 2017, Carvalho tem o desafio de melhorar a comunicação do segmento de luxo com os parceiros e, no pós-pandemia, promover o país no exterior para atrair os turistas estrangeiros. “Temos que ficar atentos. Quando o mercado internacional voltar a viajar, o Brasil tem que estar na pauta”, afirma o empresário.  Outra ideia é fazer um diagnóstico do setor, mais pormenorizado e pontual, para apontar novas diretrizes de atuação. 

Nos últimos meses, por conta do fechamento das fronteiras internacionais, os brasileiros que costumavam viajar com frequência para o exterior começaram a explorar o Brasil. Empreendimentos de luxo, com conexão entre design, gastronomia e natureza, se beneficiaram dessa migração. Na temporada passada, a ocupação dos hotéis associados à BLTA esteve em torno de 50%, com diária média em torno de R$ 800 e R$ 900. Os dados de 2020 ainda não estão fechados. 

Entre os projetos da BLTA para este ano estão a continuação da programação de lives com convidados especiais, a realização de mais uma edição do Fórum BLTA para debater, entre outros temas, a sustentabilidade, e uma parceria inédita com o Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE), em São Paulo, para unir hotelaria, arte e sustentabilidade. O projeto, ainda embrionário, busca promover artistas e colocar a arte mais próxima dos hotéis associados. 

O turismo, de forma geral, vinha numa curva ascendente nos últimos anos: em 2019, a receita global do setor chegou a US$ 5,9 trilhões. No pré-pandemia, a expectativa de crescimento global era de 7,3% até 2023, taxa que obviamente terá que ser recalculada. No Brasil, o segmento crescia, em média, 5% ao ano. “Com o fim da pandemia e o aumento no ritmo de vacinação, o segmento de luxo deve se recuperar mais rapidamente”, afirma o presidente da BLTA. 

Em 2019, os membros da BLTA tiveram uma movimentação de US$ 1,2 bilhão com a venda de hospedagem, números que superaram 2018. O inventário subiu de 1.633 quartos para 2.239, e a venda pulou de R$ 313,6 mil para R$ 428,6 mil, resultando em uma ocupação de 52%. A diária média foi de R$ 812,5, e os associados representaram 34 destinos, por onde passaram 616 mil viajantes. 

A nova diretoria da BLTA é formada por Mariana Rosa, do Passion Collection, como vice-presidente comercial; Claudia Baumgratz, do Comuna do Ibitipoca (MG), como vice-presidente de comunicação; André Zanonato, do Etnia Casa Hotel (BA), como vice-presidente financeiro; Michael Nagy, do Fairmont Rio de Janeiro Copacabana (RJ), como vice-presidente de relações institucionais; e Roberto Klabin, do Refúgio Ecológico Caiman (MS), como vice-presidente de sustentabilidade. Simone Scorsato assumiu como CEO.