Deserto de Atacama

A diversidade na imensidão

Uma sequência de cenários magníficos que surpreendem e encantam os visitantes

PUBLICADO EM 21/11/15 - 02h00

Atacama não é um deserto como outros, mas um ecossistema curioso e diferente. Percorre-se quilômetros e quilômetros e uma paisagem nunca é igual a outra. Deixa-se pra trás um deserto de areia e pedras para se surpreender, à frente, com lagunas formadas pelo degelo de cordilheiras, salares que refletem a cor do céu ou oásis em meio ao nada. Riachos cortam essas terras, que só são molhadas pelas águas da chuva oito ou dez dias ao ano. As rochas, com formatos diversos, desenham um cenário épico, que, em um passado longínquo, foi habitado por outras civilizações.

De dia, o sol ilumina o deserto e revela uma paleta de cores ocultas muito abaixo do solo. Vermelho, azul, verde, amarelo e branco predominam em várias tonalidades. Explica-se esse fenômeno pela presença, no subsolo, de minerais e nitratos, como zinco, cobre, lítio, azufre e sal. Atacama é também uma importante área de mineração chilena. À noite, o olhar deve ser dirigido para as estrelas. O céu de Atacama é o melhor lugar do planeta para se visualizar as constelações.

Onde quer que você esteja em Atacama, será vigiado pelo vulcão Licancabur, o cartão-postal que figura até em suvenires. Os vulcões – alguns ativos – são passeios cobiçados pelos aventureiros, mas existe uma infinidade de atrações à espera dos turistas, de vales coloridos a lagunas de um azul intenso, de pinturas rupestres a cânions com cactos gigantes, de vilarejos perdidos no deserto a sítios arqueológicos, de salares com flamingos a águas quentes que jorram da terra. Pode-se explorar esses 200 mil km² de terra ao norte do Chile, próximo da divisa com a Argentina e a Bolívia, em excursões agendadas em hotéis e agências de receptivo, de bicicleta ou em caminhadas.

San Pedro

O povoado de San Pedro de Atacama é a base para os turistas descobrirem o deserto. Está localizado na região de Anfogasta, na província de Leoa, a 100 km de Calama, onde está o aeroporto, que, por sua vez, fica a 1.630 km de Santiago. Até Calama, partindo de Belo Horizonte, você terá dispendido sete horas de seu tempo, com conexão obrigatória em São Paulo, descontando o fuso horário de uma hora a menos, em relação ao Brasil.

Nesta edição, descrevemos passeios magníficos para você, leitor, “mergulhar” nessa região de cenários deslumbrantes, que significa um “encontro” mágico do céu com a natureza. A dica é agendar, pelo menos, três dias para descobrir a capital chilena, na ida ou na volta. O segundo passo é escolher um hotel de acordo com o seu interesse. O jornalista viajou com seguro

 

Saiba Mais

Como chegar Não há voos diretos de BH para Santiago. É preciso apanhar conexão em São Paulo, descer em Santiago e, depois, pegar outro voo para Calama, distante 100 km de San Pedro de Atacama. Lan e Sky Airlines são as aéreas que operam o trajeto, com o preço em torno de R$ 1.200. 
Traslado Contrate transfer até San Pedro (se não estiver incluído no pacote do hotel), no aeroporto de Calama, ao custo de US$ 32 a US$ 35 (ida/volta) por pessoa;
Quando ir O melhor período é de março a novembro, exceto nas noites de lua cheia (para os interessados em admirar o céu de Atacama).
Que moeda levar Leve dólares, mas terá que trocá-los por pesos chilenos em San Pedro de Atacama, porque restaurantes e bares só aceitam a moeda local. Dificilmente se aceita pagamento em real. Não efetue troca de moeda no aeroporto, porque é desvantajoso.