Caminho do Ouro

Pela rota da riqueza

Estrada que serviu para escoar metal de Minas virou atração

PUBLICADO EM 24/01/15 - 03h00

De costas para o mar, as montanhas de Paraty guardam trilhas, entre elas um famoso caminho que serviu para escoar a produção de ouro que ia de Minas Gerais para Portugal. O Caminho do Ouro, parte da Estrada Real, é também um roteiro turístico oferecido pela Paraty Tours.

O passeio na serra do Facão exige uma dose de esforço físico nos 3,6 km percorridos. A partida acontece diariamente, às 10h, em frente à sede da Paraty Tours, no centro histórico. Devem ser levados boné, protetor solar e garrafa de água.

Acompanhado de um guia, que conta a história do trajeto, da Mata Atlântica e da vida dos tropeiros, o caminho se encontra em uma das mais belas áreas ambientais do Parque Nacional da Serra da Bocaina, pontilhado de bromélias, palmitos, canelas e embaúbas.

A primeira parada é na ruína do que seria a porta de entrada de Paraty na época do Brasil Colônia. Com 800 m de caminhada, chega-se ao ponto principal do roteiro: as ruínas de um sítio histórico que supostamente fez parte da Casa dos Quintos, criada em 1703 para a cobrança do imposto do ouro transportado.

A trilha, usada inicialmente pelos índios guaianás, tropeiros e colonizadores, foi abandonada a partir de 1767, com a abertura da nova estrada que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais. Diante disso, ela passou a ser utilizada para o transporte de escravos e para o escoamento da produção de café das fazendas do Vale do Paraíba. Em muitos trechos, o caminho está encoberto e escondido pela vegetação. 

Alambiques

Pinga. Outra atração em Paraty é a fabricação artesanal da cachaça. A cidade chegou a ter 200 engenhos, mas hoje possui apenas quatro (Coqueiro-Corisco, Itatinga, Maré Alta e Fazenda Murycana). Em agosto, a cidade comemora a Festa da Pinga.

Onde Comer

Centro histórico

Banana da Terra. Restaurante de cozinha brasileira criativa. Para quem gosta, a dica é a moqueca vegetariana. Rua Doutor Samuel Costa, 198.

Caminho do Ouro.Menu e carta de vinhos enxutos. A dica é o filé com funghi ao molho de jabuticaba e purê de aipim. Rua Dr. Samuel Costa, 236.

Casa de Fogo.Os produtos da terra são as estrelas do cardápio. Aos frutos do mar pescados direto da baía une-se uma bela variedade de frutas e legumes locais, flambados com as lendárias cachaças de Paraty. Rua Comendador José Luiz, 390.

Le Castellet. Creperia pequena, com massa caseira. Experimente o crepe de queijo brie com mel, além dos pães aromatizados. Rua Dona Geralda, 44.

Quintal das Letras. Pratos requintados em um ambiente moderno. Deguste mexidinho de frutos do mar com arroz negro. Rua do Comércio, 58.

Refúgio. O prato Espanhola Misto (lula e camarão na panela de barro, com azeite português e salsinha) é excelente. Praça da Bandeira, loja 4.

Fora do Centro histórico

Fazenda Murycana. Comida caseira em ambiente bucólico. Experimente o leitão à pururuca e as cachaças. Estrada Paraty-Cunha, KM 6.

La Luna. De frente para o mar, em ambiente agradável. Compensa o peixe com molho de camarão. Avenida Jabaquara, Quiosque 10, praia de Jabaquara.

Quiosque São Francisco. Peixes e frutos do mar. Peça a moqueca de camarão, acompanhada da caipirinha Jorge Amado, ou lula grelhada ao molho de alecrim. Praia Grande, KM 565.

Voillà Bistrô. Pequeno e aconchegante, anexo à pousada Caminho do Ouro. Experimente o pato confit com batata-baroa. Estrada Paraty-Cunha, KM 4, Ponte Branca.

Outras culinárias

Emirados Esfiharia. Muitos sabores, especialmente para vegetarianos. As esfirras são saborosas e valem a pena. Luis Rosario, 10.

Istanbul. Restaurante pequeno com ótimos kebab e falafel. Experimente o Tapete Voador, o preferido dos turistas. Rua Manoel Torres.

Shambhala Lounge. Cozinha asiática. Experimente o prato criado para o evento Folia Gastronômica, Aipim na Folia. Estrada Paraty-Cunha, KM 5, Ponte Branca.

Thai Brasil. Cozinha tailandesa com sabor e boa música. Deguste o curry vermelho com camarão e abacaxi (servido no abacaxi). Rua Dona Geralda, 345.