Lapa

Quando a noite é uma criancinha

Reduto boêmio tem hoje as melhores opções para a balada; bairro mantém a beleza de suas 13 ruelas históricas, feirinhas tradicionais e burburinho que atravessa a madrugada

PUBLICADO EM 13/12/14 - 03h00

Copacabana, Ipanema ou Leblon que nada! O ponto de encontro do cariocas e turistas hoje é um só: a Lapa, o bairro boêmio que teve seu apogeu nos anos 20 e se espalha no entorno do Aqueduto da Carioca (ou Arcos da Lapa), a obra mais monumental empreendida no Brasil durante o período colonial.

Marco da paisagem, o aqueduto – que solucionou a falta de água no passado – foi transformado em via para o bonde que liga o largo da Carioca ao bairro de Santa Teresa. Enquanto espera a inauguração dos novos bondinhos, a Lapa mantém a beleza de suas 13 ruelas históricas, feirinhas tradicionais e um burburinho que atravessa a madrugada.

A região que outrora foi frequentada pelo compositor Noel Rosa e o lendário Madame Satã agora é tomada por jovens, profissionais liberais, turistas e boêmios, que buscam diversão em casarões e restaurados que viraram points, como Circo Voador, Fundição Progresso, Estrela da Lapa, Carioca da Gema, bar Brasil e Rio Scenarium.

De propriedade do mineiro Plínio Quintão Froés, o Rio Scenarium, na histórica rua do Lavradio, plantou a primeira semente. O complexo é formado por quatro casas, próximas uma da outra – o tradicional Rio Scenarium, a galeria, o restaurante Santo Scenarium e a cachaçaria Mangue Seco. As filas quilométricas em frente à boate denunciam o sucesso do empreendimento.