Crise política

Acompanhe as manifestações contra o presidente Temer pelo país

Em BH, concentração aconteceu na praça da Liberdade. Em seguida, manifestantes realizaram passeata até a praça Sete

Por Luiza Muzzi, Fransciny Alves e Alex Bessas
Publicado em 21 de maio de 2017 | 10:15
 
 
Manifestantes cobram a saída de Temer e a antecipação das eleições na praça Sete Denilton Dias/O TEMPO

Milhares de pessoas se concentram na praça da Liberdade em protesto convocado por centrais sindicais pedindo o afastamento do presidente Michel Temer (PMDB) e o fim das reformas trabalhista e previdenciária. Com cartazes e balões vermelhos, o grupo grita 'fora, Temer' e pede 'diretas já'. Os manifestantes estão próximos ao coreto da praça, de onde seguirão em caminhada até a praça Sete.

Adesivos com os dizeres 'Fora, Temer' são distribuídos, enquanto alguns manifestantes ensaiam batuques. Próximo ao caminhão da Central Única dos Trabalhadores (CUT), os nomes dos deputados federais mineiros que já se manifestaram favoráveis às reformas são lidos e vaiados pelo público.

"Diretas Já"

De acordo com a presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas (CUT-MG), Beatriz Cerqueira, a principal bandeira do protesto é o pedido de "Diretas Já". "Nós queremos eleição para presidente da República. Não temos um Congresso Nacional com legitimidade para eleger presidente. Então, nós, o povo, é que precisamos eleger o próximo presidente da República. Esse movimento é de Diretas Já!", afirmou Beatriz.

Ainda segundo Beatriz, os manifestantes que estão concentrados na praça da Liberdade por volta de 11 horas vão seguir para a praça Sete, na região Centro-Sul. Eles vão seguir pela avenida João Pinheiro, depois para a rua Espírito Santo e por fim na rua dos Tupis.

Na praça da Liberdade, há barracas e bandeiras de sindicatos, de entidades de classe, de movimentos sociais e de partidos políticos de esquerda. Eles convocam as pessoas para irem até Brasília no dia 24 de maio, no movimento "Ocupe Brasília em Defesa dos Direitos e da Aposentadoria".

Nonagenária

Segurando uma faixa com os dizeres "Diretas Já", Diva Maria de Melo Leonardo Pereira, do alto de seus 90 anos, também foi à Praça da Liberdade protestar. "Todos que defendem os direitos e as liberdades deveriam estar aqui hoje. Quero liberdade e direitos para todos", diz.

Dona Diva foi à manifestação acompanhada da filha, Luciana Leonardo Pereira, 55. "Desde a época do Tancredo que a gente pede Diretas Já. Os mineiros nunca fogem à luta", afirma Luciana. "Desde o começo queriam esconder uma falcatrua muito maior. Não podemos deixar o Brasil,  temos que ir para a rua".

Passeata

Os manifestantes começam a descer a avenida João Pinheiro, rumo à praça Sete. Eles  passarão pela avenida Augusto de Lima, pela rua Espírito Santo e pela rua dos Tupis. Vários famílias com crianças e cachorros acompanham o ato.

Discurso

A deputada estadual Marília Campos (PT), que discursou na manifestação reforçou o pedido de eleições diretas e contra as reformas trabalhista e previdenciária. "Queremos a renúncia do Temer e eleições diretas. É essa a nossa luta. E  obviamente queremos trabalhar muito em busca de um grande programa, discutindo com a população, para que o presidente eleito possa fazer reforma tributária, reforma política, pra gente combater a desigualdade social", declarou.

Participam do ato a CUT, Força Sindical, Frente Povo Sem Medo, Frente Popular, Frente de Esquerda, movimentos sindicais, populares, estudantis e culturais. De acordo com a BH Trans, cerca de 1 mil pessoas se concentram na praça Sete. Já os organizadores indicam a participação de aproximadamente 30 mil manifestantes. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público. Por volta das 14h os manifestantes se dispersaram.

Em Uberlândia

De acordo com a Polícia Militar, 120 pessoas compõe o protesto contra o presidente Michel Temer em Uberlândia. Ato foi convocado pelo Comitê Regional Contra as Reformas da Previdência e Trabalhistas - Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo.

O grupo se reuniu na praça Tubal Vilela, no Centro da cidade, desde às 9h. Portando faixas com dizeres de ordem, manifestação segue em passeata rumo à praça Clarimundo Carneiro.

No Rio de Janeiro

Além de pedir a saída de Michel Temer da presidência da República, manifestação carioca exige o impeachment do governador do Estado, Luiz Fernando Pezão.

A concentração do ato, convocado pelo Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado (Muspe), aconteceu na orla da praia de Copacabana, no Posto 5, região Sul da capital fluminense. Lá, uma faixa branca de 10 metros de comprimento foi posta em meio a avenida Atlântica. Nela, as pessoas deixam mensagens de oposição aos políticos envolvidos em casos de corrupção. Grupo seguiu para a frente do Copacabana Palace.

O protesto pode seguir rumo a casa de Rodrigo Maia (DEM-RJ). Presidente da Câmara, o deputado é o primeiro da linha sucessória. Levar o ato para a frente de sua casa, na zona sul do Rio, indica que, caso ele assuma a presidência da República, a mobilização pela antecipação de eleições diretas deve continuar.

Em Brasília

Com início da concentração marcado para as 10h, cerca de 100 pessoas se reúnem no Museu Nacional, no Distrito Federal, de acordo com a Polícia Militar. A expectativa é que o grupo realize passeata até o Congresso Nacional. O acesso ao Palácio do Planalto, no entanto, não será liberado.

Em Natal

Na capital do Rio Grande do Norte, ato contra o presidente Temer foi movimentos sociais e já concentra manifestantes na praça das Flores. Apesar da chuva, manifestantes permanecem concentrados na região.

Em Campo Grande

Em ato na capital sul mato-grossense, os movimentos Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo realizaram protesto e panfletagem, abordando motoristas e passantes. As pautas da manifestação foram em oposição às reformas trabalhista e da previdência e em defesa da saída de Temer da presidência da República.

Em Maceió

Mal tempo forçou a Central Única dos Trabalhadores (CUT) a interromper protesto pela cassação do mandato de Temer e por eleições diretas antecipadas. Marcado para a manhã deste domingo (21), ato não aconteceu devido à chuva. A CUT, entidade que convocou a manifestação, optou por remarca-la para a próxima quarta-feira (24).

Em Porto Alegre

Assim como ato em Maceió, ato convocado pela CUT e movimentos sociais na capital gaúcha foi adiado em consequência do mal tempo.

Em Belém

Pautados pelo anseio por mudanças no Executivo e pela antecipação das eleições, manifestantes se reuniram no entorno do Theatro da Paz, em Belém. Com faixas e bandeiras vermelhas, dezenas de paraenses participaram do ato convocado pela CUT, na manhã deste domingo (21).

Em Manaus

A capital amazonense também recebeu protesto contra o presidente Temer. Grupo de pessoas se reuniu no centro da cidade, realizaram manifestação e panfletagem. Ato foi organizado por centrais sindicais e pela Frente Brasil Popular.

Em Goiânia

Protesto aconteceu a partir das 10h30, reunindo grupo de pessoas no centro da capital do Goiás. A principal bandeira foi a saída de Temer da presidência e a antecipação das eleições.