Por 26 votos contra 14, os vereadores de Belo Horizonte decidiram abrir um novo processo de investigação contra o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, o vereador Gabriel Azevedo (sem partido). 

A denúncia, apresentada pelo vereador Miltinho CGE (PDT), alega abuso de autoridade e quebra de decoro por parte de Gabriel. O vereador cita uma entrevista concedida pelo presidente da Câmara em que ele anunciou ter recebido um pedido de cassação do vereador por "supostas práticas de rachadinha e nepotismo". O pedetista alega que, em vez de ter analisado a denúncia e adotado as medidas apropriadas, Gabriel "optou por utilizar sua posição de autoridade para engrandecer sua imagem, comprometendo a reputação de um colega vereador". 

O vereador Álvaro Damião (União Brasil) foi o único parlamentar que se absteve da votação. Mais cedo, os vereadores arquivaram o processo de cassação de Gabriel Azevedo, protocolado pela deputada Nely Aquino (Podemos). A data limite para a análise da denúncia era esta segunda-feira, mas sem os votos necessários para cassá-lo, o 1° vice-presidente da Casa, Juliano Lopes (Agir), encerrou a sessão sem que houvesse votação. 

Comissão Processante.

Os vereadores Cida Falabella (PSOL), Álvaro Damião (União) e Wanderley Porto (Patriota) serão os responsáveis por conduzir o novo processo de cassação contra o vereador Gabriel Azevedo. Álvaro Damião será o presidente da comissão, enquanto Wanderley Porto será o relator. 

Os parlamentares terão 90 dias, período que, inclusive, não é prorrogável, para apresentar um parecer pela cassação ou não de Gabriel. O relatório terá que ser submetido à análise dos demais vereadores em plenário. Para que o relatório seja aprovado são necessários 28 votos, ou seja, maioria qualificada.