O deputado federal Daniel Silviera (PTB-RJ) pode permanecer no plenário da Câmara dos Deputados para evitar abordagem da Polícia Federal e ser obrigado a colocar tornozeleira eletrônica, como determinou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em decisão. 

Silveira está no plenário da Câmara neste momento. Deputados aliados tentam convencer o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a colocar em votação no plenário a decisão de Alexandre de Moraes. Pela Constituição, decisões judiciais contra parlamentares precisam passar pelo crivo do plenário do Legislativo - como prisão, por exemplo. 

O deputado Silveira, mais cedo, da tribuna, disse que não cumpriria a decisão de Moraes, a quem chamou de "sujeito medíocre". 

"No dia 25, na calada da noite, mais uma vez o ministro Alexandre de Moraes, um sujeito medíocre, que desonra o STF, adotou medidas protetivas contra este parlamentar. Acontece que monocraticamente isso não cabe. Ele esquece do julgamento da ADI 5526, que diz que o parágrafo 302 do CPP, prisão preventiva, não se aplica em hipótese alguma aos parlamentares. Vejam bem. Já o artigo 319 do CPP, trata de medidas cautelares que só se aplicam se atrapalhar direta ou indiretamente o livre exercício do mandato parlamentar, que tem que passar pelo crivo da Casa", disse o deputado. 

Após o final da sessão desta terça-feira (29), por volta das 21h, deputados como Filipe Barros (União Brasil - PR), Bia Kicis (PL-DF) e Carla Zambelli (PL-SP) estavam no plenário prestando solidariedade ao parlamentar. 

Durante a madrugada, outros deputados podem encontrar Silveira no plenário da Casa até que se decida se a decisão de Moraes será analisada pelo deputados. 

Moraes acatou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou que Oliveira deve usar tornozeleira eletrônica e não pode visitar qualquer cidade do Brasil - com exceção de Petrópolis, no Rio de Janeiro, sua cidade, e Brasília, local que desempenha trabalhos legislativos. 

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