O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), classificou, na manhã desta terça-feira (17), durante a abertura oficial da Semana Municipal de Educação, no Teatro Francisco Nunes, o projeto da Escola sem Partido, em tramitação na Câmara Municipal, como “um assunto idiota e estúpido”.
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“Olha, está na Câmara, quando chegar aqui eu vou decidir. Eu disse e vou repetir: para mim, escola é para saber ler e escrever. Então, para mim, esse é um assunto estúpido e idiota que sempre vem à tona. É uma bobagem. Qual a preocupação que se tem com quem não está sabendo ler e escrever? Esses estúpidos que mexem com isso não me interessam”, pontuou Kalil.
De acordo com vereadores da frente cristã, autores do projeto, o intuito é criar regras para coibir o que eles chamam de “doutrinação” e “ideologia de gênero” nas escolas da rede municipal, por parte dos professores. Vereadores que se opõem ao projeto alegam inconstitucionalidade e apontam tentativa de censura. O projeto deve ser votado em outubro.
Semana Municipal de Educação
Aberta oficialmente nesta terça-feira (17), a Semana Municipal de Educação vai promover, até a próxima segunda-feira (23), diversas atividades para alunos e professores da rede municipal, além das demais pessoas de toda a comunidade. Nesta manhã, foi realizado um cortejo, saindo de quatro pontos distintos da cidade, em direção ao Parque Municipal. Kalil participou da caminhada, saindo da praça Afonso Arinos, na região Centro-Sul da capital.
“Temos aqui, na abertura, 3.000 alunos vindos de todas as escolas e creches parceiras. Mas a nossa expectativa para a semana inteira, inclusive sábado e domingo, é de que passem por aqui 41 mil crianças, jovens e adultos”, disse a secretária muncipal de Educação, Ângela Dalben.
Veja um trecho do discurso de Kalil:
Para o cortejo, foi montado uma esquema de segurança especial que envolveu os trabalhos de 150 guardas municipais, além do apoio da Polícia Militar e da BHTrans.
Entre gincanas, exposições e atividades simultâneas, um dos destaques do evento é o lançamento de livros escritos por professores da rede municipal de ensino. “Nós temos 55 professores que vão lançar seus livros. E vamos ter o lançamento coletivo no Centro Cultural UFMG. Acho isso muito importante, porque todo esse movimento que está sendo feito para a educação é para mostrar a qualidade das nossas escolas”, completou Ângela Dalben.