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Ex-procurador de BH diz que a licitação da BHTrans deveria estar na Prefeitura

Questionado pela CPI, nesta terça-feira, o ex-procurador-geral do município, não soube dizer como a documentação foi parar na empresa que guarda documentos da BHTrans

Por Franco Malheiro
Publicado em 28 de setembro de 2021 | 18:01
 
 
procuradorjpg Foto: reprodução

O ex-procurador geral de Belo Horizonte Marco Antônio Rezende prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da BHTrans, nesta terça-feira (28), e afirmou a licitação do transporte público de Belo Horizonte de 2008 deveria estar na Prefeitura e não em uma empresa terceirizada para fazer a guarda da documentação. 

Segundo Rezende, existe na PBH “um sistema de acompanhamento exemplar.” Segundo o sistema Opus, o qual Rezende se referiu, a última movimentação dessa documentação se deu em 2011 em que estava na Procuradoria. 

“A licitação era da prefeitura. A rigor, (estes documentos) deveriam estar na prefeitura. Se de 2008 até hoje foram para a BHTrans, a prefeitura tem um sistema de acompanhamento exemplar”, falou.

No dia 10 de setembro deste ano, oito caixas com essa documentação foram encontradas em uma empresa contratada para guardar o documento, após a CPI e o atual presidente da BHTrans terem solicitado a documentação e não ter a encontrado. Os documentos foram entregues pelo o ex-gerente Adilson Elpídio no dia 13 de setembro para o presidente da empresa pública, Diogo Prosdocimi que abriu um boletim de ocorrência. 

Prosdocimi informou à CPI quando prestou depoimento em julho que procurava pelas caixas desde que assumiu o posto em janeiro. O presidente afirmou que o ex-gerente informou que as caixas estariam na Procuradoria do Município. 
 
A Polícia Civil, no dia 22 de setembro, abriu as caixas diante da imprensa, vereadores da CPI, membros do Ministério Público e Ministério Público de Contas. As caixas estão sendo periciadas e o caso está sendo investigado pela PC em sigilo.

Questionado pela CPI, nesta terça-feira, o ex-procurador-geral do município, não soube dizer como a documentação foi parar na empresa que guarda documentos da BHTrans.