Pamela Suellen Silva, a esposa do guarda municipal Marcelo Arruda, morto por um agente penitenciário em Foz do Iguaçu, durante sua própria festa de aniversário falou sobre o cenário de terror vivido por ela e pelos convidados e sobre a perda para a família. Jorge da Rocha Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiu a festa e assassinou Marcelo Arruda, filiado ao PT e que fazia uma festa temática no local. O aniversariante reagiu e também atingiu o agressor. A Polícia Civil, que mais cedo havia confirmado a morte, retificou a informação e diz que ele está vivo e sob custódia.

À colunista Bela Megale, do jornal O Globo, Pamela relatou que ninguém no local conhecia o agente penitenciário, que chegou de carro e começou a xingar os convidados, gritar contra Lula e o PT e defender Bolsonaro. Ela diz que Marcelo foi até ele pedir que ele fosse embora e o agente sacou uma arma. Convencido pela mulher e pela filha, que estavam dentro do carro, o agressor foi embora, mas dizendo que voltaria.

Segundo Pamela, isso de fato aconteceu. "Quando ele retornou eu disse: ‘Vai embora cara, polícia’, mostrando que somo policiais. Mas ele começou a atirar a esmo, foi com intuito de matar as pessoas da festa. Aí Marcelo revidou. Um tiro atingiu a perna do Marcelo e o assassino chegou muito perto para executá-lo. Marcelo estava caído no chão. Foi horrível, horrível, uma cena de horror. Corri no carro para pegar minha arma e quando cheguei, Marcelo já estava no chão e o homem, também. Ele atirou no salão de festas onde tinham crianças, bebê. A bala quebrou o vidro do salão de festas e um pai se jogou pra proteger seu bebê", contou ela.

O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar as notícias dos Três Poderes.