Líder do governo no Congresso Nacional, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) afirmou, na noite desta segunda-feira (13), que “nunca há garantia de nada numa democracia”, ao ser questionada sobre as certezas do governo federal com relação à aprovação da Medida Provisória 870, que ratifica a reforma administrativa proposta pelo presidente Jair Bolsonaro. “Nunca há garantia de que o projeto que entra por uma porta vai ser o mesmo que vai sair por outra”, disse Joice, durante passagem por Belo Horizonte para promover a Caravana da Independência, evento em defesa da reforma da Previdência.
Sobre a reforma administrativa, a deputada ainda destacou que o resultado da semana passada, em que a comissão mista que analisava o tema aprovou a retirada do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do ministério da Justiça, não foi uma derrota para o governo. Ela disse que uma articulação posterior poderia ter sido feita no Senado. “Houve declarações dizendo que o governo tinha sido derrotado na comissão mista. E penso: qual a derrota, se o governo conseguiu 95% da medida? Não estamos na monarquia, a gente está numa democracia”, destacou.
Na semana passada, o senador Major Olímpio (PSL), líder do partido no Senado, havia afirmado que o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, teria orientado aliados a “deixar para lá” a votação no âmbito da comissão mista. Sobre o assunto, Joice destacou que houve, sim, uma tentativa de aprovar a medida o mais rápido possível. “Mas não era o fim em si mesmo. ‘Ainda tinha o Senado. Poderia ter modificação no Senado. Então, virou um barulho danado. Pessoas dizendo: 'Ai meu Deus do céu, estão querendo fazer um acordo para aprovar’. Qual o problema? Faz acordo, aprova logo na Câmara e tenta as modificações no Senado”, disparou.
De acordo com a deputada, a sensação é de que “quem faz barulho não entende como a coisa caminha o Congresso e como é possível fazer com que as propostas do governo sejam mais bem aprovadas”. Sobre Lorenzoni, a líder do governo saiu em defesa do chefe da Casa Civil. “Ele agiu certo, é um homem correto, tem trabalhado ao lado do presidente Bolsonaro. Acho injustiça com ele tentar acusá-lo de qualquer outra coisa que não de fidelidade extrema ao presidente”, disse